Ambas as cantoras deram início à carreira na música bem cedo, ainda que sejam de estilos diferentes
Igor Miranda Publicado em 31/01/2024, às 16h30
A carreira de Olivia Rodrigo não começou na música. A artista nascida em 2003 deu início à sua trajetória como atriz, em produções da Disney, como Bizaardvark e High School Musical: The Musical: The Series.
Quando resolveu enveredar para a música, em 2020, assinou contrato com a gravadora Geffen — uma das maiores da indústria — e logo se tornou um fenômeno de popularidade com o álbum Sour, lançado no ano seguinte. E ao que tudo indica, a influência de uma outra cantora também bastante jovem pode ter sido importante nessa transição de carreira.
Em uma mesa redonda de compositores feita pelo The Hollywood Reporter, Rodrigo refletiu sobre a sua admiração por Lorde. Uma obra da cantora neozelandesa, em especial, mudou a vida dela: o hit “Royals”.
“Lembro-me de ouvir aquela música no rádio na época... foi um daqueles momentos de ‘me belisca’ que você sempre se lembra. Uma lembrança instantânea, tipo: ‘meu Deus, o que é isso?!’.”
Billie Eilish, Dua Lipa e Jon Batiste também participavam da ocasião e ouviram um relato apaixonado de Olivia sobre a canção e sua criadora.
“Lembro de ouvir Lorde quando comecei a escrever músicas e fiquei impressionada com as letras dela, que falam sobre ser uma adolescente morando no subúrbio. Só me lembro de nunca ter ouvido minha vida ser colocada em uma música como essa, onde fazia com que ser jovem e fazer essas coisas aparentemente sem importância parecesse tão sagrado.” via Youtube.
Em outras entrevistas, Olivia Rodrigo discutiu diferentes influências que lhe ajudaram a solidificar seu trabalho na música. Conforme revelado pela própria em entrevista ao jornal The New York Times (via site Igor Miranda), os artistas que não só serviram de inspiração como também lhe ofereceram conselhos antes do lançamento do álbum Guts (2023) foram Jack White e St. Vincent.
O primeiro emergiu no fim dos anos 1990 com o White Stripes e se tornou uma das maiores forças do revival do garage rock. A segunda se notabilizou de fato com a chegada da década de 2010, sendo uma das grandes representantes do chamado art rock no momento atual.
Chegou ao ponto, inclusive, de White ter enviado uma carta para Rodrigo com o objetivo de responder a alguns de seus questionamentos. A própria artista revela um conselho ao mesmo tempo simples e complexo dado pelo mentor em questão:
“Ele me escreveu uma carta depois que nos conhecemos pela primeira vez, e ela dizia: ‘seu único trabalho é criar a música que você gostaria de ouvir no rádio’. Digo, compor as canções que você gostaria de ouvir no rádio é de fato bem difícil.”
Enquanto Jack surgiu de forma um pouco mais distante — e parece preferir interações mais analógicas, o que não é de se espantar considerando seu enorme apreço por discos de vinil —, Vincent está mais presente na vida de Olivia. Chegou ao ponto de ambas irem juntas a um show de Tori Amos, ícone da música alternativa dos anos 1990 e 2000.
A reportagem do The New York Times também ouviu St. Vincent, nome artístico de Annie Clark, a respeito de Rodrigo. E foi só elogios.
“Eu nunca conheci alguém tão jovem e tão facilmente dona de si. Ela sabe quem é e o que quer – e não parece ter medo algum de se fazer ouvir sobre isso. E ela é uma garota adorável também… eu nunca ouvi ela falar algo ruim sobre ninguém.”
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