Vocalista e guitarrista do Kiss é grato aos avanços da medicina moderna, mas reconhece que “tudo tem limite”
Igor Miranda (@igormirandasite) Publicado em 16/04/2023, às 17h38 - Atualizado em 22/04/2023, às 18h57
O avanço científico tem feito as pessoas viverem mais. Não só isso: tem permitido realizar atividades que exigem bastante do físico até uma idade mais avançada. De atletas a artistas, todos conseguem exercer suas funções por mais tempo na atualidade.
Que o diga Paul Stanley. Hoje com 71 anos, o vocalista e guitarrista do Kiss já declarou em entrevistas ser um grande “amante da ciência e medicina moderna”, visto que realizou diversas cirurgias ao longo dos anos para continuar nos palcos.
Em entrevista de 2021 à SiriusXM (via Ultimate Guitar), por exemplo, o artista listou uma série de procedimentos já feitos nos últimos tempos. Operações aconteceram em seus dois manguitos rotadores, tendão de um dos bíceps, cartilagem de ambos os joelhos e quadril (com inserção de prótese), entre outras regiões do corpo.
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Depois disso, claro, outras intervenções precisaram ser feitas. A mais recente aconteceu em um de seus pés. Em entrevista à Veja, Stanley citou o número exato de vezes em que precisou “entrar na faca” e refletiu sobre o assunto.
“Já fiz oito cirurgias. São mais cirurgias que uma pessoa comum faria em cinco vidas. Faço coisas que atletas já pararam de fazer há muito tempo na minha idade.”
Na conversa com a revista brasileira, Paul Stanley reforçou sua gratidão pela medicina contemporânea. Porém, deixou claro que “tudo tem limite”.
“Fico feliz que haja médicos, procedimentos e terapias para rejuvenescer e reparar você. Mas há um limite. O que eu faço no palco a maioria das pessoas com a metade da minha idade não conseguiria fazer.”
Esta seria a principal razão por trás da aposentadoria do Kiss. A banda afirmou que irá deixar de realizar turnês após a conclusão do giro de despedida atual, End of the Road. Questionado na mesma entrevista se o fim “agora é pra valer”, já que o grupo voltou atrás da mesma decisão tomada no início dos anos 2000, Paul respondeu:
“Ninguém tem 100% de certeza de nada. Se você está vivo, pode mudar de opinião. Dito isso, não vejo como poderíamos continuar. O que fazemos é como uma maratona, e não há atletas na nossa idade. Carregamos cerca de 20 quilos de figurino por mais de duas horas. Isso cobra um preço. É por isso que não acho possível uma nova turnê no futuro. Uma coisa é uma banda acabar porque seus integrantes brigaram, outra coisa é terminar porque chegamos ao nosso limite. Nós nos amamos.”
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A turnê End of the Road traz o Kiss ao Brasil - um ano após sua passagem anterior - para uma série de shows. Confira abaixo o itinerário:
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