Um dos artistas que mais venderam discos na história apontou, de forma bem tranquila, como faz para compor a maior parte de seus hits
Igor Miranda Publicado em 27/09/2023, às 09h30
Bryan Adams é um dos artistas mais bem-sucedidos da história da música. São mais de 100 milhões de discos e singles. Aliás, é dele um dos compactos mais vendidos da história: “(Everything I Do) I Do It for You”, canção lançada em 1991 e que tocou exaustivamente nas rádios de todo o planeta no início daquela década.
Para ele, curiosamente, o sucesso é uma questão um pouco mais simples do que muitas pessoas tentam apresentar ao discutir o tema no âmbito musical. O assunto foi abordado em entrevista à revista Classic Rock (via Guitar), quando, inicialmente, o jornalista apontou a Adams o fenomenal número de um bilhão de streams conquistados por outro de seus grandes hits, “Summer of ’69”, no Spotify. Ele reagiu:
“Legal. Não fico pensando nisso. Nunca me considerei um bom cantor ou um bom guitarrista.”
O maior critério considerado por Bryan ao criar uma nova música era: o quão memorável é sua melodia? Foi assim que ele chegou a um caminhão de hits, muitos deles concebidos junto de Jim Vallance, seu parceiro de composições. Nada de adotar caminhos artisticamente complexos.
“Fiz o melhor que pude com os três acordes que conhecia. Quando se tratava das músicas, achava que se eu conseguisse lembrar e cantar, era boa o suficiente. Porém, fazer o simples é difícil. Eu realmente devo dar crédito a Jim [Vallance]. Um ótimo professor. Sempre estaria lá para me ajudar a filtrar a m#rda.”
Tal mentalidade por parte de Bryan Adams expressa o grande propósito de uma música, em sua opinião: fazer com que todas as pessoas possam cantar. Reside aí o maior segredo do sucesso de “Summer of ’69”.
“O que estamos falando é sobre fazer música que todos possam cantar. Não é essa a alegria disso? E todos podem cantar ‘Summer of ’69’. Essa é a magia disso.”
Lançada como quarto single do álbum “Reckless” (1984), “Summer of ‘69” foi a canção responsável por fazer Bryan Adams estourar mundialmente. Além disso, o sucesso em sua terra natal, o Canadá, foi gigantesco: considerando apenas artistas nacionais, esta é a música mais reproduzida via streaming e mais comprada em download entre todas as lançadas antes da chamada “era digital” (aproximadamente 2005). Também é a faixa de um artista canadense mais tocada em rádios do país entre todas as que foram disponibilizadas antes de 1990.
Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, Adams revelou ter lembranças vívidas do processo de composição do hit.
“Eu a compus com Jim Vallance em algum momento no final de 1983 ou início de 1984 em um porão em Vancouver. Originalmente o título seria ‘The Best Days of My Life’ (‘Os Melhores Dias da Minha Vida’), mas no último momento, lancei a ideia de 69. Gostei da conotação quase sexual de 69 e da aliteração de ‘summer’ e ‘sixty-nine’. No final, a música ficou rica em arrependimentos e sentimentos de perda da inocência, a promessa quebrada da juventude, um olhar agridoce sobre o amor precoce e a nostalgia de um verão do primeiro amor, mas não é sobre o ano de 1969.”
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