Cantora foi a convidada de estreia da 10ª temporada da atração "Finding Your Roots", onde descobriu mais sobre as origens judaicas que sua família nunca revelou: "acho que havia terror em seus ossos"
Eduardo do Valle (@duduvalle) Publicado em 04/01/2024, às 10h57
Alanis Morissette descobriu mais sobre suas origens judaicas no programa Finding Your Roots, do canal estadunidense PBS. Na atração, que se dedica a explorar a genealogia de personalidades, a cantora de 49 anos revelou que teve pouco contato com a história de sua família, e que só foi descobrir que era judia depois dos 20 anos.
No programa, apresentado por Henry Louis Gates Jr., Alanis descobriu que seu avô materno escapou do Holocausto na Hungria, e que passou anos tentando encontrar os dois irmãos, cujos destinos nunca foram revelados (via Yahoo! News). Segundo a artista, seus pais sempre protegeram ela e seus irmãos de um possível trauma geracional:
"Acho que havia terror em seus ossos e eles acabaram nos protegendo ao não querer [que sofrêssemos] antissemitismo", disse. "Então eles o fizeram para nos proteger, mantendo-nos no escuro."
No programa, que foi ao ar nesta terça-feira (2), Alanis teve contato com uma pesquisa conduzida pela produção junto ao Yad Vashem, o Centro Mundial para a Memória do Holocausto, que revelou que seus tios-avôs Gyorgy e Sandor Feuerstein, que teriam sido supostamente enviado a "campos de trabalho" na Rússia para servir à luta armada, morreram em campos de concentração na Rússia. Seu avô, Imre Feuerstein, teria permanecido na Hungria, onde a mãe da cantora, Georgia, nasceu, antes de a família mudar-se para o Canadá.
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Segundo o apresentador Gates Jr., o avô de Alanis nunca teria parado de procurar pelos irmãos, arquivando inclusive pedidos de busca na Cruz Vermelha em 1949, quatro anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. "Não saber onde seus irmãos estão, se estão vivos ou mortos... Deus, não!", refletiu a cantora.
Na participação, Alanis ainda revelou estar orgulhosa de ser judia, que não fazia do quão "super judia" ela é, e que sempre teve um "crush" na comunidade judaica. "Eu me sinto acolhida", revelou. "Agora eu sei o porquê. É como voltar para casa."
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