A Rolling Stone Brasil teve acesso exclusivo à apresentação, que contou com Mapu Huni Kuî, Tukumà Pataxó, Owerá MC e o Grupo Yawanawa
Redação Publicado em 21/09/2022, às 19h00
Na última quinta-feira, 15, Alok apresentou-se ao lado de grandes artistas indígenas no topo do prédio da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. Agora, a partir desta quarta-feira, 21, e até 02 de outubro, cenas de um documentário sobre os bastidores do projeto serão exibidas nos telões da Times Square. A Rolling Stone Brasil, por sua vez, teve acesso exclusivo à apresentação da última semana, que você pode conferir logo abaixo.
A performance se deu em plena Assembleia Geral das Nações Unidas, que acontece entre 13 e 27 de setembro e às vésperas da Semana do Clima, que vai dos dias 19 a 25. Ao lado de Alok, subiram ao palco os artistas indígenas Mapu Huni Kuî, Tukumà Pataxó, Owerá MC e o Grupo Yawanawa (Andreia, Wira, Penanay, Paka, Mani, Laura, Tashka e Kenetsaini Yawanawa).
Segundo sua produção, a apresentação no prédio da ONU teve o objetivo de ressaltar a importância do debate sobre a presença de povos originários em espaços públicos — inclusive quando o assunto são pautas da crise climática.
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Além da performance especial, Alok, Mapu Huni Kuî, Tukumà Pataxó, Owerá MC, o Grupo Yawanawa e outros artistas indígenas ainda irão participar da gravação do disco O Futuro é Ancestral. Com o objetivo de “evidenciar a urgência da promoção e defesa dos direitos dos povos indígenas de ocuparem múltiplos territórios na sociedade contemporânea”, o disco será lançado em 2023 e terá todo seu lucro revertido para os artistas indígenas.
O projeto, de acordo com comunicado enviado à imprensa, não termina no lançamento do disco. Isso porque todo processo criativo do álbum e seus bastidores foram abordados pelo documentário Futuro Ancestral, produzido pela Maria Farinha Filmes, a fim de demonstrar a potência do encontro entre Alok e os diversos grupos indígenas convidados pelo projeto — são exatamente as cenas desse documentário que estão tomando a Times Square. Confira:
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“Levar a sabedoria ancestral da floresta ao mundo faz parte não apenas dos meus objetivos artísticos, mas dos meus princípios como cidadão. Desde que tive contato com a cultura dos povos originários, entendi a importância da preservação e disseminação de seus conhecimentos e de desconstruirmos conceitos, crenças e narrativas que contaminam a visão que adultos e jovens do meu país, e de todo o mundo, têm sobre os indígenas. O futuro pode ser tecnológico e sustentável, mas para isso precisamos ouvir a voz da floresta e co-criar as soluções juntos com essas vozes”, explicou Alok.
O que a gente fez com Alok foi gravar a nossa música para passar de geração em geração, porque um dia isso seria preciso para compartilhar com os homens que não têm conhecimento do que é a floresta!”, afirmou Rasu Yawanawa, líder indígena presente no álbum.
Toda a ação, inclusive, foi apoiada pela Greenpeace. Isso porque, para Carolina Pasquali, Diretora Executiva da ONG no Brasil, a cultura e conhecimento dos indígenas “são essenciais para a garantia de um planeta” e, por isso, “precisamos garantir que os povos originários participem ativamente das discussões e das tomadas de decisão, no âmbito nacional e global”.
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Além do show no prédio da ONU, Alok também marcou presença no encontro entre o Instituto Alok e o Pacto Global da ONU no Brasil, no dia 16 de setembro. Durante o evento, instituições, especialistas e empresas compuseram um painel de diálogo sobre a importância da indústria do entretenimento na ressignificação do imaginário da identidade dos povos originários e em sua importância para a co-criação de um futuro justo e sustentável.
Em seguida, após o painel, o Instituto Alok e o Pacto Global assinaram, em plena Assembleia Geral, uma nova parceria, com o objetivo de criarem em conjunto o Fundo Ancestrais do Futuro. Convidando empresas, organizações do terceiro setor e pessoas comuns, o Fundo busca apoiar produções protagonizadas pelos indígenas, além de projetos que unem tecnologia e o bem-estar dos povos da floresta para a preservação da biodiversidade.
“Vivemos na era do capitalismo, em que não é possível separar os valores de uma empresa do valor de mercado. A sociedade está cobrando. Cada um tem que se responsabilizar e fazer a sua parte. É preciso agir, e agir agora, para que a gente consiga atingir os objetivos da Agenda 2030. É a única saída possível”, explicou Carlo Pereira, CEO do Pacto Global no Brasil.
Confira, com exclusividade na Rolling Stone Brasil, o show no rooftop da ONU nos EUA:
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