Funkeira brasileira foi entrevistada pela edição estadunidense da revista, onde falou sobre funk, carreira e sobre como mudou a visão de mundo após um susto com a saúde; abaixo, os 10 melhores momentos da conversa
Redação Publicado em 28/02/2024, às 15h17
Funk, sucesso, saúde e indústria foram temas da entrevista de Anitta para a edição estadunidense da Rolling Stone. À repórter Julyssa Lopez, a cantora brasileira falou sobre seu pioneirismo na internacionalização do funk brasileiro.
"Ser pioneira é muito difícil, porque você está fazendo algo que ninguém fez antes, então você não tem um exemplo a seguir. Você precisa confiar em si próprio, em seus sentimentos, em sua intuição."
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Às vésperas do lançamento de Funk Generation, seu sexto álbum, previsto para março deste ano, Anitta revelou como mudou sua visão de mundo e sobre seu próprio trabalho após uma questão de saúde que lhe assustou:
"Pensei que fosse morrer. E então disse: 'Sabe o quê? Vou fazer um álbum para mim, apenas para o caso de ser a última coisa que vou fazer."
A entrevista completa de Anitta ainda fala sobre charts, festas, pressão de gravadoras e projetos audiovisuais. O papo completo está disponível em inglês na Rolling Stone US.
Abaixo listamos 10 frases de Anitta que foram destaque na edição americana:
Pensei que fosse morrer. E então disse: 'Sabe o quê? Vou fazer um álbum para mim, apenas para o caso de ser a última coisa que vou fazer - sem me preocupar com o que iria acontecer depois do álbum, sem me preocupar se o álbum ia ser bom, se as pessoas iriam gostar ou se ia entrar nos charts.
No começo, quando as coisas estavam indo incrivelmente bem, e rápidas e loucas, era porque eu estava apenas me divertindo. No momento que as coisas ficaram imensas, eu comecei a me importar com a pressão e os números e 'oh meu Deus, me manter em alta!'
Quando você tenta me comparar a outro artista latino que está nos charts, ou me comparar a outro artista brasileiro que está nos charts, não vai ser justo, porque os latinos não vão estar nos brasileiros, e os brasileiros não vão estar nos latinos.
Se houvesse uma multa para pagar [pela rescisão de seu contrato com a gravadora], eu já teria leiloado meus órgãos, não importa o quão caro fosse, para sair.
Eu já tinha aceitado a triste realidade de que eu sou a maior investidora aqui, e pedido à label que fizesse o simples trabalho que eles deveriam fazer: promover minha música.
Nós podemos todos, literalmente, morrer amanhã. Todas essas pessoas dizendo, 'oh, ela não tá mais tão gostosa', 'oh, ela era gostosa ano passado'. 'Esse é um look bonito', 'esse é um look feio'. 'Isso e aquilo'. A gente pode literalmente morrer amanhã. E nada disso importa. Eles vão esquecer completamente de você. Sua vida acabou, a vida deles continua. E você só viveu para se manter em alta com essas pessoas e seus pensamentos, mesmo que eles não estejam nem aí.
Quando você está só tentando superar alguém, vencer no chart, conseguir os números, você não tem um propósito... e, para mim, vai muito além. Quero abrir as portas para a minha gente.
Quero muito fazer uma série sobre minha vida, e não de um jeito egocêntrico. Acho que tudo é uma ego trip esses dias. E não é por aí. Quero mostrar as dificuldades e como superá-las. Quero produzir e dirigir uma coisa que, quando as pessoas terminarem de assistir, elas vão pensar: 'Ok, eu posso fazer tudo o que eu quiser.'
Às vezes, quando entro em estúdio, ouço as pessoas tentanto fazer [funk brasileiro], mas ainda soa muito gringo.
Lamento pelos outros, mas acho que sou a pessoa que MAIS sabe como fazer uma festa.
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