"Comemorar com um milhão de pessoas em uma praia onde podiam ser livres para serem eles mesmos foi incrível," disse a cantora brasileira para Jay Shetty em seu podcast On Purpose
feito a partir de artigo original de Tomás Mier para a Rolling Stone
Publicado em 05/06/2024, às 19h30Em entrevista detalhada ao podcast On Purpose, de Jay Shetty, Anitta relembrou sua participação no show de Madonna - e a reação parcialmente conservadora de alguns setores brasileiros.
"O show da Madonna teve 1,6 milhão de pessoas. Foi histórico", disse Anitta a Shetty. "Mas também, o show dela teve muitos conservadores dizendo: 'Meu Deus, isso é tão.. o diabo'. Ela é uma mulher que dedicou sua vida a lutar pelos direitos das pessoas - suas sexualidades, a comunidade LGBTQ e para que as mulheres sejam livres para sentir prazer, porque por muito tempo apenas os homens podiam sentir prazer. Ela lutou por isso."
Anitta descreveu a importância cultural de Madonna para as pessoas queer em seu país natal. "Celebrar com um milhão de pessoas em uma praia onde elas eram livres para serem elas mesmas foi incrível. Não apenas gays, mas famílias aceitando gays, lésbicas e pessoas trans", disse Anitta. "Mas muitos conservadores diziam: 'Ah, ela é o diabo, isso é isso, isso é aquilo'. Eu apenas sinto que podemos fazer o que quisermos e não precisamos julgar.. Todos somos almas em busca de evolução."
No final, Anitta estava apenas "feliz por estar lá" com Madonna no palco depois de colaborar com ela na música "Faz Gostoso" em 2019, destaque do álbum Madame X.
"Quando ela veio ao Brasil, a primeira coisa que ela disse foi: 'Ok, temos que fazer isso'. Na verdade, eu não podia no começo, mas então eu mudei muitas coisas para poder estar lá", disse Anitta no podcast. "Foi muito importante. Ela também convidou Pabllo Vittar, uma drag queen muito bem-sucedida e famosa e ótima cantora do Brasil."
Anitta lançou seu álbum Funk Generation - incluindo faixas como "Double Team" com Bad Gyal, "Funk Rave" e "Ahi" com Sam Smith - em 26 de abril. "O álbum se destaca quando Anitta assume riscos, seja mostrando batidas quebra-cabeças ou cantando linhas cativantes sobre amostras estranhas e duras", diz uma crítica da Rolling Stone sobre o álbum. "Ela tem o que é preciso para liderar o futuro do baile funk no pop e cativar o público tanto no Brasil quanto ao redor do mundo."