Belchior está ao lado de Caetano, Gil e Rita Lee na música brasileira, segundo Ana Cañas

Ana Cañas se prepara para lançar seu disco ao vivo com versões de clássicos do Belchior. Em 2021, cantora colocou no mercado álbum de estúdio com 14 faixas do lendário compositor brasileiro - que, segundo ela, deveria ocupar mesma prateleira de outros gigantes da MPB.

Em entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil, Ana destacou que faixas como "Monólogo das Grandezas do Brasil" - escolhida como primeiro single do DVD - continuam atuais, mesmo escritas nos anos 1970 e 1980. Ela contou que, de surpresa, decidiu incluir a música no repertório do show e ouviu diversos comentários sobre a pertinência dos versos no cenário brasileiro atual.

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"A genialidade do Belchior, além da composição, vem da capacidade de articular ideias que são reflexões sociais coletivas. Se você pensar que Belchior lançou "Alucinação" em 1976, esse diálogo no tempo não é à toa. Vivemos de quatro anos de um governo de extrema-direita, de retrocessos. "Alucinação"nasce em um período ditatorial, com o AI-5 exilando artistas," argumentou.

"Monólogo das Grandezas do Brasil" é um dos exemplos que faz Cañas acreditar que o compositor mereça ser reconhecido como um dos grandes da música brasileira: "Belchior precisa ser alçado ao panteão da música popular brasileira. Por sua obra fonográfica e por ser uma mente pensadora e articuladora."

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"Pra mim, ele está ao lado de Caetano Veloso, por exemplo. Na capacidade de articulação e na música, ele tá do ladinho de Caetano, [Gilberto] Gil, Chico Buarque, Rita Lee. Falo isso em todo show que eu faço," defendeu Ana.

Confira entrevista completa abaixo: