- Rita Lee (Guilherme Samora)

BenzaRita! Rita Lee recebe homenagem de 9 cantoras brasileiras

Manu Gavassi, Luísa Sonza, Ana Caetano e outras artistas contam como Rita Lee, homenageada no Grammy Latino 2022, impactou suas vidas e carreiras

Redação Publicado em 18/11/2022, às 11h50

Rita Lee está 'feliz pra chuchu'. Foi com estas palavras que ela agradeceu a homenagem pelo conjunto da obra no Grammy Latino nesta quinta-feira (17). Na cerimônia, Rita ganhou o Prêmio à Excelência Musical e foi agraciada por imagens e palavras de Aloysio Reis, Giulia Be e do presidente e CEO da Academia Latina da Gravação, Manuel Abud, que definiu a pauliatana como 'visionária'. Abud ainda destacou 'sua veia roqueira e psicodélica com pop, carnaval, bossa nova e latinidades'. Disse ainda que sua música transcende gerações. E nessa, acertou em cheio.

 

Capa digital da Rolling Stone Brasil em novembro, Rita tem em si a potência de renovar-se a cada ouvida e, talvez por isso, alcance novos fãs a cada dia. Dentre estes fãs, uma legião de jovens artistas, que a escolhem como ídolo maior. Foi pensando nisso que convidamos nove cantoras da nova geração para falarem sobre o impacto de Rita Lee em suas vidas e obra.

Rita Lee (Guilherme Samora)

 

Ana Caetano, Luísa Sonza, Manu Gavassi, Kell Smith, Filipe Catto, Badi Assad, Duda Beat, Mel Lisboa e Larissa Manoela mandaram seus depoimentos. Neles, cada uma narra o cruzamento de suas histórias com a de Rita - seja na descoberta de um disco, no impacto de sua imagem, na identificação com sua arte ou nas coincidências, pura força do acaso. Em comum, poucas palavras, que aparecem mais de um relato: liberdade, talento, honestidade. Não é o lema de nenhuma revolução - ou talvez seja, o da Revolução Rita.

Confira os depoimentos abaixo

Ana Caetano, ANAVITÓRIA

Ana Caetano (César Maia/Reprodução Instagram @anacaetanoc)

 

Eu era ainda bem pequena, uns 11 ou 12 anos. Estudava no Colégio Santa Cruz em Araguaína, a cidade que cresci no Tocantins, e quase todos os dias depois da aula, seguia pra banca de revista da minha Tia Rosângela na praça em frente a escola. Fuçava nos mangás, lia os livros cafonas de romance e as revistas TiTiTi pra saber o que aconteceria em Malhação durante a semana; espiava de rabo de olho as capas das revistas pornô e, vez ou outra, abria uma playboy escondida. Da minha mãe, porque minha Tia era cúmplice do mal feito. Lembro até hoje de Cleo Pires como veio ao mundo.

Em muitas dessas minhas visitas curiosas, Tia Rosângela cismava em me mostrar as músicas que ela gostava. Muitas. Me chamava pra perto do caixa onde o computador ficava, abria a pasta cheia de músicas aleatórias e começava “Ana, minha filha, isso é que é música. Você tem que aprender a cantar essa daqui. Olha essa letra, Ana”. Eu escutava e não gostava de nada. Achava sério demais e adulto demais e sem nenhuma conversa com as vivências da Ana de 2006. Lembro de ouvir Caetano e achar um porre. Sim. Eu sei! Uma baita coió.

Até que um dia, me aparece Dona Rosângela cantarolando uma música e fazendo uma coreografia boba que eu não me lembro muito bem como era, mas lembro que me chamou atenção. Umas palavras em francês no meio e uma melodia grudenta que só.

Aprendi a letra e a dança e quando terminávamos de cantar a última estrofe, soltávamos um gritinho agudo e fazíamos, com as mãos, garrinhas de tigresa. Não sei de onde ela tirou isso, mas esse foi o primeiro elo musical entre minha Tia e eu. A música era Frou Frou e eu escutava, pela primeira vez, Rita Lee. Ou pelo menos é o que diz minha memória completamente duvidosa.

Não que eu tenha mergulhado em outras musicas da Rita naquela altura (isso aí demorou um pouco pra acontecer) mas acho bonito que uma menina de 12 anos que pouco sabia sobre os fogos que saem dos corpos tenha sido fisgada logo de cara por essa canção e que, a partir dela, tantas outras fizeram sentido em seus ouvidos e tantas novas coisas ela descobriu que gostava.

Minha Tia Rosangela é uma fã de Rita Lee e deve ser bem por isso que ela gosta do mal feito. E que transita com tanta liberdade pelas próprias vontades. Deve ser por isso que eu também.

BenzaRita!

Rita Lee (Guilherme Samora)

 

Luísa Sonza

Luísa Sonza (Higor Bastos)

 

Falar sobre a importância da Rita Lee não é uma tarefa fácil, porque ela é realmente um ícone da música brasileira, e o que eu falar aqui não vai conseguir representar um terço do tanto que ela contribuiu e segue contribuindo com sua história para a construção da identidade musical do nosso país.

Eu sou muito fã da Rita Lee, eu cresci escutando e cantando as suas músicas, e ela com certeza é uma das minhas maiores inspirações como artista. Rita sempre foi uma mulher à frente do seu tempo, transgressora. Uma das primeiras aqui no BR a levantar questões na época que eram pouco abordadas, ou que muitas vezes não eram bem vistas na boca de mulheres. Falar sobre sexo, sobre a liberdade de ser quem somos numa época ainda muito conservadora sem dúvidas foi um marco num ambiente musical totalmente masculino, e que até hoje enfrentamos muitos preconceitos. Lá atrás ela já nos ensinava sobre todas estas questões, e hoje segue nos ensinando com toda sua história, força, e talento.

Acho que como artista estas questões sempre foram uma das principais na minha carreira. Trazer nossa arte como forma de transformação para tantas mulheres, assim como Rita me inspirou é um dos meus grandes objetivos.

Rita é autêntica, versátil em todos os sentidos, a sua honestidade e sensibilidade fazem parte do que ela é: única, e uma das maiores artistas que o Brasil já viu! E que privilégio poder vivermos na mesma época.

Kell Smith

Kell Smith (Reprodução Instagram @kellsmith)

 

O que dizer de Santa Rita de Sampa? O que dizer dessa mulher que nos ensinou que nós, sim, temos a liberdade, e se não temos a liberdade nós cavamos, nós conquistamos, nós ocupamos este espaço.

Artisticamente, é uma artista tão incrível que esses dias eu usei um exemplo, disse que David Bowie é a Rita Lee deles. Eu digo dessa forma porque a Rita é uma artista que me atravessou demais, e que até hoje faz isso, fazendo parte da minha época do bar - digo, antes já, também como ouvinte, já tinha me atravessado, mas como artista, ela chegou com toda a identidade, com toda a irreverência, com toda essa vontade de escrever o que sente e dividir isso com o mundo e acreditar nessa coragem que é ser você mesma. Tudo isso é tão inspirado e com certeza faz toda a diferença na minha vida artística.

Eu comento com as pessoas que, falando do conceito artístico, talvez a Rita posteriormente tenha me influenciado mais que a Elis, porque acompanhando toda a carreira dela desde Os Mutantes, quando então eu conheci aquela indomável, aquela artista capaz de tudo, experimental, mas também, tão segura de si, do que queria oferecer, ou vomitar, ou protestar ou escrever. E depois também, com o Tutti-Frutti, como banda de apoio... todas essas músicas fazem tanta diferença na minha vida, ela é diferente.

Ela escreve com muita propriedade, com muita liberdade e com muita audácia. Canta. É uma artista completa. O visual, a imagem, como ela fala través da roupa que ela usa, da cor do cabelo, de todo o discurso dela, não só quando ela se propõe a dar uma entrevista, então ela divide com a gente ensimanetos para a vida inteira. Ou quando ela se propõe a escrever a própria biografia e isso se torna uma das leituras mais gostosas que se pode ter.

É impossível dizer o tamanho da Rita e o quanto ela me influencia. Tenho a impressão que quanto mais buscar conhecer a obra da Rita Lee, mais eu vou ter coisa pra descobrir e isso sempre vai acontecer, porque vai ter a Rita lee que já escreve coisas para a minha filha, livros infantis, e é tão fantástica e gigante quanto a Rita que canta, que compõe, que com toda a sua irreverência esteve em um momento de ditadura militar, dizendo tudo aquilo que acreditava e se empoderando e falando do seu lugar de fala, de sua perspectiva enquanto mulher, enquanto uma mulher politizada, que sempre lutou pela liberdade, e isso faz toda a diferença minha vida.
É muito amor, muita admiração que eu tenho por uma pessoa só e é uma honra pdoer falar sobre a Rita Lee e celebrar a vida dessa artista que é imortal e que representa muitíssimo, não só pelo Brasil, dentro da cultura brasileira, mas para o mundo. Uma verdadeira rockstar, a nossa rockstar, a nossa bruxa, nossa feiticeira, a nossa Rita Lee. Muito amor!

Filipe Catto

Filipe Catto (Rafael Körbes/Reprodução Instagram @filipecatto)

 

Nossa, eu não sei nem como começar a falar da Rita Lee, porque pra mim ela é fundamento mesmo. Ela foi uma das coisas mais importantes da minha formação, porque quando eu nasci já era Rita Lee em todo lugar. Então é uma figura que me acompanha desde sempre. Meu pai amava, meus tios, minha mãe, e a gente ouvia muito em casa, na TV. E via ela, sempre achava ela muito engraçada, linda, com aquele cabelão vermelho...

Aos poucos quando fui crescendo, a Rita foi uma das primeiras coisas da geração dos meus pais que eu fui absorvendo para mim, porque eu escutava as coletâneas, cantava as músicas, e quando eu comecei a tocar violão, com 11 anos, ela foi uma das primeiras artistas que eu devorei a obra, naquelas revistinhas de violão. Então eu tocava Rita Lee, sabia tocar as músicas, depois eu descobri também Os Mutantes, né, que era uma cosa mais alternativa, obscura para mim na época. Aí também fiquei muito maluco naquela fase dos anos 1970 ali, o Tutti-Frutti, Fruto Proibido, esse disco é fundamental na minha vida.

E a Rita é, acima de tudo, essa pessoa de uma integridade com a obra dela, de uma verdade, de uma autenticidade, que não tem como tu ser uma pessoa fora do padrão, como somos, e não se identificar com essa maluquice, com essa verdade da Rita, porque ela inventou um jeito de ser, de criar e se expressar que é incomparável. Essa é a marca de grandes pessoas nesse mundo, que vieram para fazer o bem, para trazer a luz, e imaginar como a Rita Lee é uma das grandes sacerdotisas do Brasil. Uma mulher completamente fora da curva e, ao mesmo tempo, totalmente amada pelo povão, pelo Brasil. Todo mundo adora ela, porque ela é a maior de todas mesmo, não tem o que fazer. Eu te amo, Rita Lee, obrigada por tudo!

Mel Lisboa

Mel Lisboa (Divulgação)

 

Sobre a Rita, tem uma coisa interessante de falar, da interseção dela com a minha vida, que é o fato de que, depois que fui convidada para interpretá-la com o Marcio Macena, que no início eu achei uma coisa muito inusitada, porque eu não me achava parecida com ela, nem capaz de interpretar tal personagem. Mas aí depois que eu topei fazer, que eu comprei esse desafio, eu comecei a estudar a vida da Rita, a me tornar cada vez mais fã dessa pessoa, dessa mulher, dessa artista singular que ela é, e aí comecei achando uma série de coincidências e de semelhanças entre as nossas vidas, onde nossa vida entra numa interseção.

A começar pelo nosso signo, eu também sou capricorniana como ela. O fato de que, quando ela conheceu Roberto, ele tocava com Ney Matogrosso, eu conheci o pai dos meus filhos e ele também tocava com o Ney Matogrosso - inclusive o conheci no show do Ney Matogrosso. Depois vim a saber que uma prima da minha mãe, a Leila Lisboa, ela que fez alguma das fotos mais conhecida dos Mutantes, porque na época dos Mutantes ela era namorada do Liminha, que tocava na banda, e várias dessas coisas que eu fui encontrando. Semelhanças de personalidade e de vida mesmo. Isso foi, de certa forma, me aproximando da Rita e me deixando mais confortável, quebrando algumas dificuldades que eu estava tendo naquele momento, porque já era uma responsabilidade muito grande e eu tava morrendo de medo. Então me encontrar com a Rita nesses lugares foi muito interessante e, a partir disso, desse encontro no trabalho, a gente passou a ter um encontro na vida também, de se seguir, de se admirar e de acompanhar a trajetória uma da outra, e de estar sempre conectada.

Tenho a impressão de que depois que eu fiz o Rita Lee Mora Ao Lado eu nunca mais perdi a conexão que eu tenho com a Rita. Foi uma coisa que eu não esperava e, quando me vi, estava totalmente conectada à Rita - e me sinto assim até hoje.

Manu Gavassi

Manu Gavassi (Alexandre Stehling/Reprodução Instagram @manugavassi)

 

Todo mundo gosta de Rita Lee. É meio comum falar isso, porque os artistas atingem status de lenda depois de um tempo de carreira, e aí fica unânime, todo mundo gosta. Só que o que eu gosto de lembrar da Rita, e por isso que eu me identifico, que a tenho como maior referência, é que ela não era unanimidade. Ela não era. Por muito tempo, enquanto ela tava construindo a carreira dela, ela foi subestimada. Pelas ideias dela estarem à frente do tempo, por ela estar numa banda com dois irmãos que era gênios do instrumento, ela era tida como menos, por muito tempo.

Eu já li muito a respeito de Os Mutantes, de tudo o que aconteceu, então para mim é muito claro que ela era subestimada como se ela fosse só a figura bonita. E ela mostrou ao longo dos anos, após sua saída d'Os Mutantes, que ela era a alma de tudo. Ela sabia embalar a música dela com o discurso, com conteúdo, com ironia, com humor, com roupa, com fantasias, com o lúdico. É isso o que eu mais admiro na vida.

Primeiro que, sim, ela foi uma figura muito subestimada na carreira, por muito tempo até construir um legado. Eu me identifico com isso. Ela é uma menina paulistana, cresceu no mesmo bairro que eu, na Vila Mariana. Ela entendia muito de moda de uma maneira intuitva, e de como a moda podia a ajudar a criar personagens ao longo da carreira dela.

Então acho que a Rita é muito mais que só uma lenda do rock. Eu acho que ela é uma das maiores artistas que nosso país já teve, em termos de potência criativa e feminina. É por isso que me emociona muito falar da Rita e por isso que eu sou muito grata de ter esse exemplo que fala minha língua, em meu próprio país, uma brasileira que fez tudo isso, que brincou com a arte, de diversas formas e construiu um legado só por produzir, por vocação, né?! Acho que é isso, é uma carreira não-óbvia. E que, no final das contas, quando você vê tudo isso, todo esse trabalho, esse volume de trabalho, todas essas fases que ela passou, os sucessos que ela tevem os fracassos também - que eu acho que é isso o que fazer de um artista, um artista - acho que é aí que se constrói uma lenda. É com muito trabalho duro ao longo da vida inteira, é muita resiliência. Então é assim que eu vejo a Rita Lee, essa potência criativa que me inspira em absolutamente tudo.

Eu falo da Rita Lee em diversas músicas minhas, falo dela em 'Deve Ser Horrível Dormir Sem Mim', falo 'mistura de Rita com Amélie, quando acha que entendeu, eu nem tô mais aqui', em 'Bossa Nossa' depois eu falo também, 'nunca gostei d'Os Mutantes sem a Rita Lee', o que pra mim é um grito de feminismo também, né, muito de ter lido a autobiografia dela e de ter entendido como ela se sentiu quando ela saiu da banda, como as pessoas viam ela ali no meio daqueles dois caras. Então eu sempre vou honrar a Rita, porque é graças a ela e ao que ela fez pela arte do nosso país que eu posso ter a profissão que eu tenho hoje e fazer o que eu faço. Então vou continuar honrando este meu ídolo, sempre.

Badi Assad

Badi Assad (Gall Oppido/Reprodução Instagram @badiassad)

 

Quando eu era menina e tinha meus irmãos, Sérgio e Odair Assad, estudando violão erudito na sala, enquanto meu pai, homem bravo que me levava no cabresto, tocava chorinho com seus amigos na copa, eu buscava minha própria identidade artística e humana. E foi assim que encontrei, no rádio do meu quarto, uma artista que, para meus 12/13/14 anos, falava diretamente comigo, com toda sua irreverência e liberdade de ser quem quisesse ser. Rita Lee entrou em minha vida ‘arrombando a festa’, com canções que ainda vivem em mim: ‘Chega mais’, ‘Baila Comigo’, ‘Nem luxo nem lixo’, ‘Lança Perfume’ e... ‘Mania de você’... ah, com essa eu podia desfrutar, em sigilo, meus primeiros sonhos eróticos, já que no mundo real tinham muitos olhos me vigiando. Rita se transformou num oásis onde eu podia ser livre, no começo da adolescência. Ela foi imprescindível para criar dentro de mim espaço que veio, anos depois, deflagrar em minha própria irreverência, quando desenvolvi um estilo somente meu, que quebrou muitas barreiras, onde violonistas de formação acadêmica não cantavam, além de ser povoado e controlado majoritariamente por homens. Quando eu cheguei misturando tudo e sendo uma mulher cantando e tocando no meio disso tudo, sempre me lembrei dela, que enfrentou o mundo com sua força, originalidade, alegria, competência e, sobretudo, liberdade.

Duda Beat

Duda Beat (Fernando Tomaz/Reprodução Instagram @dudabeat)

 

Acho que a Rita Lee não só me inspira, mas inspira a todas nós. Independente de eu cantar tamb´pem, que nem ela, ela inspira a todas as mulehres por ser tão positiva, tão disruptiva, por falar tanto do coração e chegar tão perto com as coisas que ela falava. Acho ela uma artista completa, sou uma big fã, quero conhecer um dia, dar um abraço e agradecer, sabe, por esse legado maravilhoso, de canções lindas que ela deixou para a gente e que nos empodera todos os dias. Obrigada!

Larissa Manoela

Larissa Manoela (Aderbal Freire/Reprodução Instagram @larissamanoela)

 

Rita é um ícone atemporal. Acho que falar dela, da sua música, da sua potência, dos seus ideais, daquilo que ela fala, acredita e conta, da sua força, que ela segue levando nesses tantos anos de carreira é para realmente ser exaltada. Então eu, como menina-mulher, que quando nasci a Rita já era um ícone, um fenômeno, uma estrela, cresci ouvindo junto a meus pais, que sempre foram grandes fãs também. Ter sido selecionada para falar dela é maravilhoso, uma honra para mim, ela é um marco. E eu, como jovem, tanto para viver, vou seguir levando os ensinamentos, o legado, essa mensagem potente e mutio necessária que a Rita carrega durante tantos anos da vida dela e segue levando para todos nós.

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