Billy Joel também foi sincero ao dizer que não lança mais novas canções porque perdeu a inspiração
Igor Miranda (@igormirandasite) Publicado em 14/03/2023, às 11h30
Prestes a completar 60 anos de carreira, Billy Joel é dono de uma das carreiras mais bem-sucedidas da história da música. O cantor e pianista é o sétimo artista que mais vendeu discos nos Estados Unidos em todos os tempos, com 85 milhões de cópias somente em seu país natal - entre aqueles em carreira solo, é o quarto, atrás apenas de Garth Brooks (1º), Elvis Presley (2º) e Michael Jackson (3º).
Para construir uma trajetória tão aclamada nessa área, é preciso, acima de tudo, ter boas músicas. E não há como negar que Joel tem um catálogo caprichado, repleto de hits lançados nas décadas de 1970, 1980 e 1990.
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Porém, durante entrevista ao Los Angeles Times, o artista foi sincero ao dizer que não gosta de várias canções que ele mesmo optou por lançar nos discos. Ele é tão consciente disso que chegou a mencionar alguns exemplos de faixas menos inspiradas.
Fiz algumas coisas bem ruins que eu gostaria de voltar atrás. Como ‘When in Rome’ (do álbum Storm Front, de 1989) e ‘C’était Toi (You Were the One)’ (do álbum Glass Houses, de 1980). Nem falo francês, não sei o que estava fazendo nessa aí.”
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Mas por que, no fim das contas, Joel acabava lançando essas músicas? Ele próprio responde:
“Às vezes eu criava umas seis ou sete músicas que achava muito boas, mas no fim tinha que arrumar algumas canções só para completar o disco.”
Outro ponto abordado na entrevista foi o fato de Billy Joel estar há anos sem lançar músicas inéditas. Seus últimos singles, “All My Life” e “Christmas in Fallujah”, são de 2007. O último álbum com sua voz, River of Dreams, saiu em 1993 - ele até disponibilizou um disco em 2001, chamado Fantasies & Delusions, mas o material apresenta apenas composições eruditas criadas por Joel e executadas no piano por Richard Hyung-ki Joo.
E não é o caso de um artista praticamente aposentado: Billy faz shows com frequência e inclusive está em uma turnê pelos Estados Unidos. Novamente sincero, o artista disse ter perdido a inspiração para criar músicas novas.
“Eu não tinha mais a mesma motivação. Você precisa de inspiração para criar uma boa música e se você não a tiver, não se preocupe: pare de forçar. FIcou excruciante compor, o prazer em fazer isso acabou.”
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