- Afeni Shakur (Foto: Kevin Winter/Getty Images) | Tupac Shakur (Foto: Reprodução)
Tupac Shakur: A Biografia Autorizada

Biografia autorizada de Tupac revela como rapper se espelhou no ativismo da mãe: 'Ele estava irritado pelas razões certas'

'Tupac Shakur: A Biografia Autorizada' foi escrita por Staci Robinson, amiga próxima do artista, com a ajuda de Afeni Shakur, mãe de Tupac

Redação Publicado em 23/01/2024, às 17h30

Apesar de ter sido lançada no final de 2023, pela editora Best Seller, Tupac Shakur: A Biografia Autorizada foi encomendada ainda em 1999, três anos após a morte do artista, por sua mãe, Afeni Shakur. A ex-Pantera Negra deu a Staci Robinson acesso a tudo o que foi deixado pelo filho, como diários, fotos, desenhos e letras de músicas inéditas.

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Além disso, Robinson contou com a ajuda dos anos vividos ao lado de Tupac, com quem estudou no ensino médio, em uma escola na Califórnia: "Éramos amigos e tínhamos planos de escrever juntos. Tupac estava formando um grupo de escritoras exclusivamente feminino para colaborar e escrever filmes e programas de TV com ele. Eu seria uma dessas escritoras" (via Folha de S.Paulo).

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"Fomos amigos até o fim. A última vez que vi Tupac foi em sua casa, no dia em que ele partiu para dirigir até Las Vegas, onde foi morto", completou a autora. O projeto foi deixado em stand-by no final dos anos 1990 até ser retomado e concluído duas décadas depois.

"Afeni teve uma influência forte e muito bonita em Tupac. Ela não apenas passou para ele a tocha de carregar a missão altruísta de pensar na comunidade em primeiro lugar, de ajudar os outros a alcançar as necessidades mais básicas na vida, mas também instalou nele a mensagem de esperança e mudança", contou Staci sobre a relação entre o rapper e a mãe.

Segundo a escritora, Tupac se espelhava no ativismo de Afeni: "Tupac estava sempre irritado por causa da discriminação racial e a opressão que via na América. Ele ficava irritado com as estatísticas de homicídios, com a brutalidade policial que era predominante nos anos 1970, 1980 e 1990".

Tupac ainda é relevante porque a mensagem dele é atemporal. Os mesmos problemas sobre os quais ele falava e escrevia há mais de duas décadas continuam sem solução. Tudo o que ele disse nos anos 1990 continua atual. Enquanto as desigualdades na sociedade existirem, Tupac será relevante.

"Era como se ele carregasse toda a nossa raiva e a colocasse em seus ombros, corajosamente falando sobre isso, ao contrário de muitos de nós que não tinham força para abordar as desigualdades embutidas na história de nossa nação. Tupac não ligava de se colocar no fogo cruzado da opinião pública e falava o que pensava. Ele estava irritado pelas razões certas", concluiu.

Morte

No dia 7 de setembro de 1996, 2Pac assistiu a uma luta de Mike Tyson e Bruce Seldon, em Las Vegas. O artista deixou o Grand Hotel MGM, ao lado de Marion “Suge” Knight, com mais dez carros, em direção a uma balada. Ao lado da BMW conduzida por Knight, um Cadillac branco com quatro pessoas parou ao sinal vermelho. De dentro do carro desconhecido foram disparados tiros, sendo que quatro atingiram Tupac. O dono da gravadora Death Row Records sofreu ferimentos leves, enquanto o rapper foi levado ao hospital e não resistiu. A morte de Shakur foi declarada no dia 13 de setembro. Ele tinha apenas 25 anos.

The Notorious B.I.G. (Reprodução)

O ataque não foi o primeiro sofrido pelo músico. Em 1994, já havia sido baleado. No final do mesmo ano, foi acusado pela Suprema Corte do Estado de Nova York por abuso sexual e posse de armas de fogo. 

Seis meses depois da morte de Tupac, Christopher "The Notorious BIG" também foi assassinado. Dentre as teorias para os crimes ainda sem solução, está a de que as mortes foram resultado da rivalidade entre os selos Death Row Records e Bad Boy Records.

História

Tupac Shakur é um dos nomes mais influentes do rap e chegou a vender mais de 75 milhões de cópias de seus discos. Nascido como Lesane Parish Crooks, os pais do artista, integrantes dos Panteras Negras, o batizaram informalmente como Tupac Amaru, em homenagem a um guerrilheiro inca que se rebelou contra a invasão espanhola. 

A fortuna de Shakur ficou sob responsabilidade da própria mãe, falecida em 2016. A BMW Série 7 ano/modelo 1996 na versão 750i foi comprada e restaurada por um colecionador (via Autoesporte).

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