Situação ocorreu em 1985, quando banda perdeu seu cantor, David Lee Roth; vaga acabou sendo assumida por Sammy Hagar
Igor Miranda Publicado em 05/09/2023, às 13h30
Crossovers entre integrantes de grandes bandas de rock costumam deixar os fãs empolgados. Desde iniciativas oficiais como o supergrupo Audioslave (com músicos do Soundgarden e Rage Against the Machine) até situações provisórias como a passagem de Axl Rose (Guns N’ Roses) pelo AC/DC, combinações do tipo geralmente trazem resultados únicos.
Uma situação do tipo quase rolou em 1985, quando o Van Halen perdeu seu vocalista, David Lee Roth, pela primeira vez. Um dos nomes cotados para ocupar sua vaga foi o de ninguém menos que Glenn Hughes, baixista e um dos cantores do Deep Purple entre 1973 e 1976. O posto acabou sendo assumido por Sammy Hagar, porém.
A história não era conhecida do público por décadas. Somente nos últimos tempos é que Hughes resolveu falar sobre o assunto. Inicialmente, em entrevista ao The Classic Rock Podcast (via site Igor Miranda), o músico comentou:
“Bem, Eddie [Van Halen, guitarrista] estava sóbrio naquela época… E conversamos sobre isso. Eu não fazia ideia. Éramos amigos há tempos.”
Curiosamente, este foi o período em que Glenn mais sofreu com o vício em drogas. Sua sobriedade veio apenas na década de 1990 e foi mantida a partir daí. Ainda durante a entrevista, ele refletiu:
“Minha entrada para o Van Halen teria funcionado? Não tenho certeza. Talvez se eu estivesse completamente sóbrio – o que estou há 24 anos. Mas com certeza teria sido interessante. Nunca se sabe.”
Em outra entrevista, agora para o 107.1 The Boss (via Ultimate Guitar), Glenn Hughes compartilhou mais algumas informações sobre quando foi cogitado para o Van Halen. Não é todo dia que se descobre algo tão impressionante, então, o vocalista e baixista ainda será perguntado muitas vezes sobre isso.
Hughes deixou claro que nem ele sabia que havia sido cotado para se juntar à banda na época. Seu nome foi ventilado, mas o empecilho foi justamente sua dependência química.
"Eu estava na casa de Eddie há uns 25 anos e estávamos conversando sobre os anos 1980. E ele disse: ‘sabe, se você estivesse sóbrio nos anos 1980, haveria uma possibilidade de você se juntar ao Van Halen’. E eu disse: ‘oh, uau’. Mas eu não era o homem que sou hoje nos anos 1980. Eddie ficou sóbrio nos anos 1990, quando estávamos saindo juntos. Então, era algo sobre o qual nunca falei.”
O artista ressaltou ainda seu vínculo com o guitarrista, falecido em 2020 aos 65 anos.
“Mas o fato é que ser cogitado… olha, eu conheço Eddie desde 1978, porque seu empresário era meu gerente de turnê. Sentimos muito a falta dele. Mas fico honrado por ter tocado com ele. Tocávamos juntos com bastante frequência, mas nunca em público. [Risos]”
Se a história do Deep Purple não chegou a cruzar com a do Van Halen em termos de integrantes, não dá para dizer o mesmo de outra banda lendária, o Black Sabbath. Entre 1983 e 1984, o vocalista do grupo liderado pelo guitarrista Tony Iommi foi ninguém menos que Ian Gillan, cantor mais longevo do Purple. Juntos, eles gravaram o álbum Born Again (1983) e fizeram uma turnê.
Com Gillan saindo em seguida para reformar o Deep Purple, a vaga de vocalista do Sabbath foi ocupada por, justamente, Glenn Hughes. Ele participou do álbum Seventh Star (1986), planejado originalmente como um trabalho solo de Iommi, e realizou a turnê de divulgação. Porém, causou tantos problemas devido ao vício que precisou ser substituído por Ray Gillen.
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