Rapper acredita que tratamento de artistas deveria ser similar ao de atletas, para “motivar consistência e competitividade”
Por Igor Miranda (@igormirandasite) Publicado em 07/02/2023, às 16h39
Drake tem sido um verdadeiro “triturador” de recordes na atualidade. Dono de grande apelo pop, o rapper acumula números expressivos especialmente nas plataformas de streaming - como no Spotify, onde recentemente se tornou o primeiro artista a ultrapassar 75 bilhões de reproduções com suas músicas.
Isso o levou a compartilhar uma imagem na rede social Instagram para comunicar o feito. Conforme observado pelo NME, porém, uma opinião curiosa foi manifestada na publicação: disse que artistas deveriam receber bônus da plataforma sempre que batessem recordes.
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“Deveríamos receber bônus, como atletas, para motivar os futuros artistas a serem consistentes e competitivos. Então, sintam-se à vontade para me enviarem um cheque do tamanho de LeBron (James, jogador de basquete).”
Alguns recordes quebrados por Drake em anos recentes seguem intactos. Muitos deles foram batidos no próprio Spotify. Em 2018, seu álbum Scorpion se tornou o mais tocado em um único dia na plataforma, com 132 milhões de reproduções na data de lançamento. Na concorrente Apple Music, o disco chegou a 170 milhões de plays no mesmo período.
Com o mesmo trabalho, ele também superou uma marca atingida anteriormente pelos Beatles, ainda em 1964. Na ocasião, o rapper canadense colocou sete músicas de forma simultânea na parada dos Estados Unidos, considerada a principal do mercado fonográfico. Isso rendeu uma tatuagem curiosa em seu braço, onde aparece na frente dos quatro integrantes da lendária banda de rock atravessando a rua, como na capa do álbum Abbey Road.
Drake has a tattoo of himself in front of the Beatles on his arm. “I got more slaps than the Beatles...” pic.twitter.com/krzzFSF2Mj
— Word On Road (@WordOnRd) August 9, 2019
Em 2021, com o disco Certified Lover Boy, conseguiu atingir a marca de 153 milhões de streams no Spotify nas primeiras 24 horas após o lançamento. Ou seja: quebrou o próprio recorde.
Se Drake está acumulando uma fortuna com seus números no Spotify, não dá para dizer o mesmo da gigantesca maioria de artistas que disponibiliza suas obras na plataforma. A dica do CEO da empresa, Daniel Ek, para melhorar tal desempenho é um tanto curiosa: gravar mais músicas.
Em 2020, um relatório divulgado pelo site Business Insider apontou que os artistas recebiam apenas US$ 0,0033 a cada reprodução de sua música no Spotify. É menos da metade de um centavo de dólar. Assim, você precisa de 300 plays para receber um dólar por sua obra.
A empresa explica que os artistas não são pagos por stream, mas por um sistema chamado de “streamshare”, que pode variar dependendo de como a faixa é transmitida ou acordos com licenciadores.
“Todo mês, em cada país em que operamos, calculamos o streamshare somando quantas vezes a música pertencente ou controlada por um determinado detentor de direitos foi transmitida e dividindo pelo número total de streams naquele mercado.”
Daniel Ek, por sua vez, disse em entrevista de 2020 ao MusicAlly que não existem reclamações que demonstrem insatisfação real dos músicos com os valores de remuneração.
“Privadamente, eles elogiam o Spotify. Porém, eles não são incentivados a fazer isso em público. Existem cada vez mais artistas que conseguem viver somente da renda vinda do streaming.”
Na sequência, veio a declaração de que os músicos precisam, mesmo, trabalhar mais. Uma fala surpreendente, tendo em vista a quantidade de reclamações em torno dos valores.
“Alguns artistas ganhavam mais no passado e hoje em dia podem não ganhar tanto, pois hoje em dia não dá para alguém gravar música a cada 3 ou 4 anos e achar que isso será o bastante. Os artistas que estão conquistando seus lugares hoje em dia sabem que é necessário criar um engajamento com os fãs de forma contínua. Ao lançar um álbum, é preciso ter uma história a respeito dele e continuar a se comunicar com os fãs. Aqueles que não estão indo bem nas plataformas de streaming são, em maior
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