Baterista deixou a banda no início deste ano, antes de turnê de despedida, para ser o novo integrante da norte-americana Slipknot
Henrique Nascimento (@hc_nascimento) Publicado em 19/05/2024, às 10h15 - Atualizado às 10h30
Fora da banda desde fevereiro deste ano, Eloy Casagrande, novo baterista do Slipknot, afirmou que nunca fez parte do Sepultura. Em nova entrevista, o músico afirmou que sempre foi "autônomo, contratado" da banda, que perdeu o artista às vésperdas de sua turnê de despedida.
Na conversa com o Uol, Casagrande disse que a sua ida para o Slipnkot aconteceu, primeiramente, por causa do encerramento do Sepultura e o desejo de não parar de tocar bateria profissionalmente aos 33 anos de idade:
"O primeiro fator para eu querer tocar no Slipknot foi o fim do Sepultura. Eu tenho 33 anos. Respeitei a decisão do Andreas [Kisser, guitarrista e líder da banda], mas eu precisava seguir com minha vida. O convite do Slipknot não tinha como esperar um ano. Era sim ou não", explica Eloy.
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O músico ainda revelou que assinou um termo de confidencialidade quando decidiu se juntar ao Slipknot, desfalcando o Sepultura às vésperas do início de sua turnê de despedida, o que criou um azedume nos ex-colegas de banda:
"A partir do momento que eu dei a notícia do que estava acontecendo, eles não falaram mais comigo, e acho que pediram pra ninguém da equipe vir mais falar comigo. Mas eu mantenho um carinho muito grande por eles", contou.
"Se eles viessem falar comigo hoje, eu falaria numa boa, porque a gente nunca teve nenhum problema profissional, pessoal, de amizade, sempre foi muito tranquilo, até porque a gente viajava junto, passava meses em tour bus e tudo mais", acrescentou o músico.
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Casagrande também esclareceu que, na verdade, nunca foi um integrante do Sepultura, o que também ajudou a tomar a decisão de ser o novo baterista do Slipknot:
"Eu tomei essa atitude também, porque eu nunca fiz parte do Sepultura, sempre fui um músico autônono, sempre fui um músico contratado da banda. Então, a partir do momento que eu tomei essa atitude, é porque eu tinha liberdade, não é que eu fazia parte do contrato social do Sepultura", explicou.
Recentemente, Andreas Kisser falou sobre a saída repentina de Eloy Casagrande do Sepultura e a definiu como uma situação bastante esquisita: "Acho que o fato de ele ir para o Slipknot é normal, pela qualidade de baterista que ele tem... Pode tocar em qualquer banda do mundo, sem dúvida nenhuma", começou.
"Mas acho que o momento e a maneira como ele escolheu fazer foi bem esquisita. Cada um é livre para escolher o que fazer e como fazer, e arquem com as consequências", acrescentou Kisser.
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