Elvis Presley faleceu em 1977, e 45 anos depois, o motivo real de sua morte ainda permanece um mistério
Emanuela Lemes (sob supervisão de Eduardo do Valle) Publicado em 16/08/2022, às 10h55 - Atualizado às 10h58
Elvis Presley é um dos nomes mais conhecidos do mundo do entretenimento. Intitulado de Rei do Rock, o cantor se tornou mundialmente famoso ao apresentar um estilo de música e dança considerados ousados e revolucionários para a sua época.
A cinebiografia de Elvis dirigida por Baz Luhrmann, chegou aos cinemas nacionais em julho como um dos filmes mais aguardados de 2022. Mesmo com o sucesso histórico, a fama de Elvis vai além das canções, lembrado também por ter uma morte envolta em mistérios.
Com o interesse por Elvis diminuindo ao longo dos anos, o espólio do músico estava pensando em ideias para reconquistar o público, esperando que o filme de Luhrmann cause um efeito parecido com Bohemian Rhapsody (2018), que conquistou a Geração Z com sucessos do Queen.
Nascido em 8 de janeiro de 1935, Elvis Presley faleceu aos 42 anos, em 16 de agosto de 1977, após ser encontrado no banheiro de sua mansão, a Graceland, em Memphis, Tennessee. À época, foi reportado que ele apenas desmaiou no banheiro e morreu, sem mais esclarecimentos do que teria acontecido.
Por motivos desconhecidos, a autópsia do cantor foi colocada, por sua família, em segredo por 50 anos. Ou seja, até 2027 ninguém além da família Presley poderá ter acesso às informações.
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Na edição 248 da Rolling Stone EUA [setembro de 1977] um dos empregados do Baptist Memorial Hospital contou ao repórter Chet Flippo que os órgãos de Elvis foram removidos para autópsia, e não foram devolvido para serem velados.
"Uma autópsia normalmente leva 24 horas. O procedimento padrão é que qualquer órgão vital removido para estudo seja devolvido, colocado em um saco e jogado dentro do caixão antes do enterro. Mas não no caso de Elvis. O cérebro, coração, rins, fígado e todo o resto foram mantidos para testes aqui”.
A constatação preliminar da causa do óbito foi de arritmia cardíaca e enrijecimento das artérias. Médicos e imprensa que acompanhavam o desenrolar da morte do artista estranharam a pressa para o anúncio, ainda mais por não estar ligada com o abuso de entorpecentes.
Mesmo com o segredo, a análise do corpo revelou, à época, o uso de diferentes substâncias, como Dilaudid, Percodan, Demerol, Codeine e Quaaludes.
Em 1973, ano em que se divorciou de Priscilla Presley, Elvis passou três dias em coma depois de uma overdose, além de outras internações pelo estado crítico após o uso de substâncias químicas em excesso.
Um relatório, publicado pela revista People em 1980, revelou que nos 20 meses que antecederam sua morte foram prescritos 12 mil medicamentos. O médico que os indicou a Elvis, conhecido por Dr. Nick, teve a licença cassada e descobertos mais 19 pacientes que também receberam prescrições exageradas de remédios.
Além do uso excessivo de remédios, Elvis Presley também enfrentou o aumento de peso; com 40 anos, ele chegou aos 160 kg. Ele ainda começou a se recusar a tomar banho, o que gerou algumas feridas em seu corpo.
Alguns dos documentos revelados à época, apontaram que seu coração estava inchado. Ele também tinha enfisemas nos pulmões, e em seu intestino, foram encontradas fezes de pelo menos quatro meses.
Maurice Elliot, vice-presidente do Baptist Hospital, declarou em nota de falecimento à imprensa, sobre as internações anteriores do Rei do Rock: "Fizemos tratamento para tudo – hipertensão, cólon dilatado, gastroenterite, inflamação do estômago. Estava sendo tratado com cortisona, o que pode ser a explicação para seu peso".
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