Ex-integrante do RPM foi convidado a refletir sobre como estariam dois dos maiores ídolos do rock brasileiro se ainda estivessem vivos
Por Igor Miranda (@igormirandasite) Publicado em 25/05/2023, às 15h42
Paulo Ricardo resolveu revisitar o passado de outros artistas que ajudaram a construir o rock brasileiro em sua nova turnê. Chamada Rock Popular, a excursão - que se inicia em Curitiba e no Rio de Janeiro nos dias 26 e 27 deste mês - traz o ex-integrante do RPM tocando clássicos de nomes como Legião Urbana, Cazuza e Raul Seixas, além de canções próprias de sua trajetória.
Muitos desses ídolos homenageados na tour já não estão mais entre nós, ainda que suas obras tenham um caráter atemporal. Mas como será que eles estariam nos dias de hoje?
Em entrevista ao jornalista Gustavo Maiato, Paulo foi convidado a refletir sobre o assunto. Por ter convivido com Cazuza e com Renato Russo, vocalista da Legião, o ex-RPM conseguiu encontrar uma resposta bastante pertinente e que conecta os dois artistas citados.
“Às vezes, penso nisso. O que eles estariam fazendo hoje? Não duvido nada que eles estivessem escrevendo. Eles eram muito ligados à escrita. Assim como o Chico Buarque, eles teriam já escrito peças de teatro, musicais e roteiros de cinema. Ou até livro. Provavelmente estariam escrevendo muito.”
No caso específico do ex-cantor do Barão Vermelho, Ricardo foi além e destacou como o espírito pioneiro do saudoso amigo poderia conduzi-lo a colaborações fora do rock.
“O Cazuza como sempre foi muito inquieto e antenado provavelmente já teria feito um trabalho ligado ao hip-hop, com DJ e tal. Eles eram geniais e o talento deles não tinha fronteiras. Por qualquer veículo que decidissem se expressar iam dar um show.”
Cazuza faleceu em 7 de julho de 1990, aos 32 anos. Por sua vez, Renato Russo nos deixou em 11 de outubro de 1996, aos 36. Ambos sofreram complicações causadas pelo HIV.
Entre os gigantes do rock brasileiro a serem homenageados na turnê, está Rita Lee, que nos deixou recentemente. Paulo Ricardo também compartilhou reflexões particulares a respeito da artista, que negava o título “rainha do rock” por ser, de acordo com ele, “muito mais do que isso”.
“Ela é o próprio rock. Ela é Beatles, Stones e David Bowie. Ela encarnou o rock como ninguém no Brasil. Tenho umas histórias maravilhosas com ela. Uma vez, quando a convidei para participar da canção ‘A Fina Poeira do Ar’. Foi um convite do cineasta Sérgio Rezende, para que eu fizesse a música tema do novo filme dele ‘Doida Demais’, em 1989, com a Vera Fischer e o Paulo Betti. Eu convidei a Rita para cantar comigo e acabou que a canção ficou eternizada no meu primeiro álbum solo, Paulo Ricardo, de 1989. Também tive o privilégio de participar de uma homenagem incrível que o Serginho Groisman fez no Altas Horas. Escolhi a canção ‘Mamãe Natureza’. Pretendo também participar de uma grande turnê que o Beto Lee está fazendo recebendo convidados para cantar os clássicos eternos da nossa padroeira da liberdade, Rita Lee Jones.”
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