O vocalista do Capital Inicial completa 60 anos neste sábado, 27; em entrevista à Rolling Stone Brasil, Dinho refletiu sobre o aniversário
Heloísa Lisboa (@helocoptero) Publicado em 27/04/2024, às 19h27
Fernando de Ouro Preto, conhecido como Dinho Ouro Preto — ou ainda como vocalista do Capital Inicial —, completa 60 anos neste sábado, 27. Embora tenha nascido em Curitiba, a história do músico se confunde com a de Brasília, um dos epicentros do rock nacional. Por pouco, a cidade e ele não dividiram o aniversário.
Mais de um mês antes de ser considerado idoso (termo que parece incompatível) pela lei brasileira, Dinho já estava pensando sobre sua idade. Ele foi pontual ao visitar o estúdio da Rolling Stone Brasil para uma entrevista, mas não se importou com o horário ao se comprometer com a conversa por cerca de duas horas. "Eu ficaria mais duas horas aqui", confessou ao final da gravação.
Mesmo recontando sua história diversas vezes ao longo dos anos e de uma série de entrevistas feitas nos últimos dias, o cantor continua escutando atenciosamente cada pergunta feita pelos jornalistas e reflete antes de dar uma resposta ensaiada.
Dinho admitiu que hoje consegue separar seu lado artista do pessoal e deixou que o público espie pela fresta que demarca as duas facetas. "Eu acho que é muito distinto do que imaginam", começou. "[Dinho] é muito mais caseiro."
A gente tem um sítio... A gente vai muito para lá... Muita leitura — muito não ficção. Eu tô lendo, agora, por exemplo, um livro sobre o fim da República Romana, as últimas décadas, chama Rubicão. Meus filhos... Eu tomei esse gosto por correr que virou uma coisa terapêutica para mim, virou essencial para minha saúde mental. Sabe, então, na real...
O artista chamou atenção para a turnê em comemoração aos 40 anos do Capital Inicial: "Eu vivo na estrada, o Capital dá uns 100 shows por ano. Vai começar agora, vai até o final do ano, tem uma pausa em julho, mas é sem parar. E o que eu levo comigo..."
A voz por trás de hits como "Primeiros Erros" e "À Sua Maneira" ainda revelou suas impressões sobre a cerimônia do Oscar de 2024. "Eu sou cinéfilo, eu sou maníaco por cinema. Vibrei pela Emma Stone. Achei o filme... Eu teria dado todos os Oscars para o filme dela. O filme mais legal da temporada foi o filme dela", afirmou, fazendo referência a Pobres Criaturas.
"E gosto de cinema, gosto de livros, gosto de comer em restaurantes... E a gente gosta de ficar em casa. E eu gosto de música, ouvir som. É que eu acabo associando com corrida: eu ponho meus fones, e vou, eu ouço música."
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