Família de Supla 'prega socialismo e goza do capitalismo'? Ele responde

Notório por ter aderido o punk como estilo de vida, Supla é filho de dois políticos bastante conhecidos: Eduardo e Marta Suplicy, ambos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT). Eduardo é filiado desde 1980, enquanto Marta esteve vinculada entre 1981 e 2015.

Como os pais, o cantor tem afinidade com ideias ligadas ao espectro da esquerda política. Além de expor seus pensamentos nas redes, ele chegou a lançar uma música, em 2021, com críticas ao agora ex-presidente Jair Bolsonaro. Intitulada “Sai Fora Bolsonaro”, a faixa foi gravada com o projeto Brothers of Brazil, ao lado do irmão, João Suplicy.

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Naturalmente, Supla é questionado por internautas pelo fato de expor suas ideias políticas. Em certa ocasião, nas redes sociais, ele respondeu a um seguidor que o questionou por uma suposta contradição entre “sua família rica pregar socialismo e viver o melhor do capitalismo”. Inicialmente, ele declarou:

“Champs, não é essa a questão. Não é porque eu vim de uma família que pôde me dar boas escolas, uma boa educação, que eu não posso sentir a dor do outro, ter empatia pelo outro, tá ligado?”

Supla e o desejo por um país mais justo

Ainda em sua declaração, Supla afirmou desejar apenas que o Brasil seja um país mais justo.

“As pessoas só querem andar pelas próprias pernas. De que adianta estar bom para você e para milhões de outras pessoas não estar legal? Só quero um país mais justo, onde as pessoas possam ter boas condições - que nem eu tive. Qual o problema?”

“Sinto o Brasil meio largado”

Em 2022, antes de Jair Bolsonaro ter sido derrotado nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva, Supla fez uma série de críticas contra o agora ex-presidente durante entrevista ao site OFuxico. Em sua visão, o político do PL não se mostrou pronto para lidar com a pandemia de Covid-19, doença que matou mais de 690 mil brasileiros.

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“Infelizmente, o que a gente está vivendo é uma coisa muito triste. Brasileiro contra brasileiro, eu sinto o Brasil meio largado. Acho que o presidente que entrou teve uma oportunidade, principalmente na pandemia, que é nessa hora que você pode mostrar que está ali, que está forte, e não que você está achando que é uma gripezinha, mas sim que é uma coisa séria.”

O artista também revelou que teve várias oportunidades de entrar para a política, devido à sua família e sua popularidade na música. Os convites sempre chegam em período eleitoral, mas ele nunca aceita.

“Eu já faço minha política do jeito que eu faço. Talvez hoje seria importante, mas quero responder do jeito que eu faço minha política, por meio da música. Eu respondo por meio da música. Tanto que eu fiz a música ‘Eles querem que eu seja um político’, que foi mais para dar uma resposta mesmo, mas eu acho fascinante, porque política mexe com a conta do povo. Uma vez eu estava conversando com meu pai sobre isso e ele me falou: ‘o que você já inspira de gente, mandando suas mensagens, as coisas que você pensa nas suas músicas, você também já está ajudando bastante’.”