Pela primeira vez, a Rolling Stone estende o projeto Future of Music para o mundo; do Brasil, selecionamos os 25 nomes mais inovadores e interessantes da música atual
por Ademir Correa, Eduardo do Valle, Felipe Grutter, Pedro Figueiredo e Heloísa Lisboa Publicado em 05/04/2024, às 15h14
Em 2023, o mercado fonográfico brasileiro movimentou R$ 2,864 bilhões. É um aumento de 13,4% com relação ao ano anterior, que eleva a média mundial de 10,2%, de acordo com dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). É também o sétimo ano consecutivo em que os números sobem no país, explica Paulo Rosa, da Pró-Música Brasil.
Nada de novo, se pensaria, para o país de Tom Jobim, Rita Lee, Clara Nunes e Belchior. Ledo engano - ou não somente. Nossa música também vive do presente: dos números impressionantes do cancioneiro popular em todas as regiões, passando pelo crescimento acelerado do trap e pelo efeito permanente do streaming no consumo, o Brasil hoje respira, pensa e recria sua tradição musical.
E olha para frente. Para o Futuro da Música: pela primeira vez na história, a Rolling Stone estendeu seu projeto Future of Music para todos os países em que a revista está presente - incluindo o Brasil. Por todo o mundo, nossos times se debruçam sobre o que há de mais interessante e inovador acontecendo no momento. O resultado vem na seleção de 25 artistas em cada país. Por aqui, claro, contemplamos a diversidade. Há o coletivo baiano que evolui a partir do instrumento; a sensação trap que começa a dominação mundial; o trio de crossover thrash que denuncia o racismo com metal. Há o rock de favela, o pop tropical, o frevo trans. Há o que se ouvir, mas principalmente há o que se pensar. Porque, mais do que um passado glorioso e de um presente excitante, a música que vai mudar nossa vida mora sempre naquele play que ainda não demos. - Eduardo do Valle e Ademir Correa
por Felipe Grutter
Como um navio pirata, BaianaSystem chegou de surpresa e, ao longo de uma carreira de 15 anos, conquista cada vez mais mares com uma artilharia pesada. Nesse caso, são oceanos de público atravessados pelo vasto repertório musical, repleto de influências culturais e sonoras, seja na estrada ou nos estúdios.
Os tripulantes também passaram por uma revolução interna e sonora. Partindo da exploração de possibilidades da guitarra baiana, Russo Passapusso (voz), Claudia Manzo (voz), Roberto Barreto (guitarra baiana), SekoBass (baixo), João Meirelles (beats, synths e programações), Junix 11 (guitarra), maestro Ubiratan Marques (piano e synths), Ícaro Sá (percussão) e Filipe Cartaxo (concepção visual e imagens do show) perceberam como, na verdade, “Baiana” representa a cultura da Bahia e “System” seria o sistema social, espiritual e estético de imagem. “Essas relações todas começaram a se moldar mais fortemente dentro da nossa estrutura,” disse Passapusso à Rolling Stone Brasil.
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Por Heloísa Lisboa
Mateus Fazeno Rock, nome artístico de Mateus Henrique Ferreira do Nascimento, foi influenciado por um vizinho que promovia um festival de rock e ouvia bandas como Nirvana e Audioslave. Nascido e criado no bairro de Sapiranga, no Ceará, fazer rock parecia improvável para Mateus. “Se você abrir uma revista de rock, as duas únicas pessoas pretas que aparecem são integrantes pretos do Sepultura ou o Jimi Hendrix”, disse em entrevista ao Monkeybuzz, exemplificando a falta de espaço na mídia para representatividade no estilo musical.
Apesar de não se identificar com a imagem de Kurt Cobain, um homem branco e loiro, Mateus tem o Nirvana como uma referência para suas composições. Além da banda, ele considera Djavan uma grande inspiração, mas não necessariamente pelas sonoridades das músicas do artista. Para Mateus, “Djavan” é um “adjetivo para música boa”. O autor de “Eu Te Devoro” é homenageado na faixa “Melô do Djavan”, presente no primeiro álbum de Mateus Fazeno Rock.
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Por Felipe Grutter
Em plena highway americana, sob o sol de Pompano Beach, na Flórida, Teto comemora. Parece o final de um road movie bom: é o fim da turnê de sucesso que percorreu seis cidades entre o Canadá e os Estados Unidos no último mês de março. Não é sua estreia nas terras do Tio Sam - mas é a primeira turnê com sua própria equipe. No volante de sua própria carreira, ele está no topo do mundo - ou melhor, no Teto do mundo.
Um mundo diferente, é verdade, do que o que Clériton Sávio Santos Silva imaginou quando começou a gravar as primeiras músicas. Em 2020, auge da pandemia de covid-19, Teto não imaginava que seria o trap brasileiro seu passaporte para uma vida de rockstar, com mais de seis milhões de ouvintes mensais no Spotify e turnês além-mar.
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por Eduardo do Valle
O relógio batia às 21h30 de uma movimentada rua em São Paulo, quando uma turba jovem avolumava a calçada de uma casa noturna para uma noite de show. Do outro lado da rua, uma lanchonete menos movimentada na esquina operava ao som animado da trilha da novela na TV. Em comum nos dois lugares, uma mesma voz: Rachel Reis.
São menos de cinco anos desde que a cantora de Feira de Santana lançou seu primeiro single autoral. De lá para cá, uniu extremos distantes do oceano de uma indústria pautada por algoritmos. Por um lado, obteve o reconhecimento crítico, que lhe rendeu indicação ao Grammy Latino. Por outro, conquistou o sucesso popular, que a levou e leva diariamente às telas ainda onipresentes dos folhetins da TV - neste momento aparece em Renascer, com “Bateu”, parceria dela com Gilsons e Mulú. Mas Rachel é sereia, navega bem: “A gente troca o pneu com o carro andando”, garante.
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Por Ademir Correa
"Quis trazer o lusco-fusco primeiro por entender a beleza dessa palavra que nomeia dois momentos muito bonitos, o amanhecer e o entardecer do dia. E ela vem ensimesmada pela contradição”, explica Assucena sobre o nome de seu primeiro álbum solo. “E também quis ainda entender o lugar de onde venho. Quis falar desta mulher que passou por uma transição, de uma artista que saiu de uma banda, estas cores que permeiam quem sou”, reflete a artista sobre sua incursão pessoal-musicada após a experiência de seis anos no trio As Baías - em que dividia as decisões estéticas e práticas com Rafael Acerbi e Raquel Virgínia (eles anunciaram a separação em 2021).
“Foi um processo difícil, voltei para a Bahia e decidi recomeçar”, conta. “É deste lugar que tive que partir. Não sabia se conseguiria fazer um show, as inseguranças mexiam comigo”, relembra ela, duas vezes indicada ao Grammy Latino. Deste retorno à terra natal, surgiu o projeto Rio e Também Posso Chorar, tributo aos 50 anos de Fa-tal - Gal a Todo o Vapor (disco de 1971). Após a homenagem musical a Gal Costa, Assucena passa por uma incursão no teatro, cria outro tributo à Gal – o show Baby, Te Amo e volta ao estúdio - agora bem acompanhada de Pupillo e Rafael Acerbi (o ex-colega de As Baías) na produção musical e dividindo a direção artística com a cantora Céu.
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Por Felipe Grutter
"A música tem um lugar de liberdade e sonho muito forte para mim desde criança.” Se hoje Majur voa, os pés seguem plantados no chão - tanto das raízes profundas de Salvador, na Bahia, quanto da noção de onde veio e de quem é. No universo de sua música, orbitam influências afrobeat, MPB, R&B e soul, mas seu som é definido como afropop. Para ela, isso é “trabalhar com a minha ancestralidade, com a cultura da minha cidade, é representar a Bahia na novidade”.
Parte de uma talentosa leva de cantoras baianas que ganharam o mundo na última década, ela divide com Luedji Luna, Xênia França, Melly, Rachel Reis e inúmeras outras o legado riquíssimo do estado nordestino. “Em Salvador, os blocos afros buscam sempre a excelência, entregar um espetáculo, seja na roupa, voz, ou em como você se apresentará: cabelo, unha, etc.”, explicou. “Salvador é assim. Toda a nossa cultura é forjada através desses encontros.”
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Natural de Belo Horizonte, FBC já era habitué de playlists de rap e funk com quatro trabalhos que garantiam uma fanbase sólida e crescente. Baile, o disco anterior, lançado em 2021 em parceria com VHOOR, consolidou sua posição em uma cena que valorizava e valoriza a batida funk e os melôs dos anos 1990. Mas havia ali uma inquietação - pistas e toques de Miami Bass que ganhariam mais espaço no trabalho seguinte.
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Por Heloísa Lisboa
Formada inteiramente por mulheres, a banda Malvada foi criada em março de 2020, no início da pandemia de covid-19. Embora o grupo seja relativamente jovem, houve tempo suficiente para fazer algumas mudanças em sua formação: Angel Sberse, que participou do The Voice Brasil, deixou a banda em 2023 e deu o lugar para Indira Castillo, a nova vocalista. Marina Langer decidiu sair da Malvada no mesmo ano, “em busca de equilíbrio, qualidade de vida e saúde” — conforme afirmou nas redes sociais —, e abriu espaço para Rafaela Reoli. A guitarrista Bruna Tsuruda e a baterista Juliana Salgado são integrantes originais da banda.
O álbum de estreia da Malvada foi lançado em 2021. “A Noite Vai Ferver”, faixa-título do disco, tornou-se um de seus maiores sucessos, seguida pelo single “Perfeito Imperfeito”, divulgado em 2022. As letras cantadas em português simbolizam o desejo do grupo de atingir um público que ultrapassa o mundo do rock.
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Por Ademir Correa
Das batalhas de rap de Santa Cruz para o Rock in Rio (sendo a primeira rapper a se apresentar no festival e a primeira no casting de rap da gravadora Som Livre); do titulo de artista radar do Spotify Brasil à indicação ao Grammy Latino e ao show no SXSW e no Lollapalooza. Esta é a trajetória de Bivolt, a rapper do Boqueirão, Zona Sul de São Paulo. “Metade da minha vida foi me doando para esse movimento que me resgatou também”, já contou a artista.
Bivolt, voz feminina no rap e um expoente também desta possibilidade e protagonismo para novas cantoras, narrativas e sonoridades, tem três álbuns – Bivolt (de 2020), Nitro (de 2021) e o mais recente, Chave (de 2023), este com 11 faixas e ambientes sonoros - rap, trap, jersey, drill, afrobeat e funk. A direção musical é do produtor Nave Beatz e o trabalho traz feats com Veigh (em “Qdo cê me vê”), Budah (em “Pagar pra ter”), Luccas Carlos (em “Se quiser só vai”), MC Luanna e Boombeat (“De copão na mão”). “Nesse falo muito de amor e relacionamento, mas de formas diferentes. Tem declarações mais românticas e outras mais livres, além de trazer as minhas vivências, do meu lado mais ‘mandraka’, de curtição.
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por Pedro Figueiredo
A música é a única coisa que eu conheço desde que nasci”, disse Bia Ferreira em conversa com a Rolling Stone Brasil. A mineira de 30 anos iniciou a trajetória musical quando tinha apenas 15. Apesar da pouca idade, ela demonstra uma maturidade artística admirável e tem personalidade: define a música que faz como MMP, Música de Mulher Preta.
A cantora e compositora tem dois álbuns de estúdio, Igreja Lesbiteriana, Um Chamado (2019) e Faminta (2022) e um um disco ao vivo, Bia Ferreira no Estúdio Showlivre (Ao vivo) (2018), de onde saiu a performance viral de “Cota Não É Esmola”, uma de suas canções mais conhecidas.
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por Heloísa Lisboa
Conhecida por participar do Poesia Acústica, nas músicas “Nada Mudou”, “Amor e Samba” e “Paris”, Cynthia Luz já possui seis álbuns de estúdio, mas sua trajetória não tem sido tão linear. Em dezembro de 2023, a rapper publicou um desabafo nas redes sociais e afirmou que estava encerrando a carreira. “Não quero mais, simples assim”, escreveu. A artista de Itajubá, Minas Gerais, continuou cumprindo a agenda de shows e, em março de 2024, ainda lançou Ciclo Vicioso, disco produzido por André Nine. Faixas como “Mais Sobre Mim”, “Não Vou Me Explicar” e “Levo a Paz Comigo” demonstram um recomeço e uma nova oportunidade para Cynthia compreender a si mesma.
por Heloísa Lisboa
Após deixar o ensino médio e experimentar o cursinho preparatório para o vestibular, Braga, nome artístico e sobrenome de João, decidiu se arriscar na música. Os pais do jovem de 21 anos certamente ficaram preocupados com o futuro do filho, mas, ao mesmo tempo, foram colocados como principais responsáveis pela escolha dele. Braga confessou que o gosto musical e parte das influências presentes nos próprios singles estão ligados ao que a mãe e o pai escutavam. Milton Nascimento, com quem o artista já se encontrou, é um dos exemplos do que permeou sua infância.
A estratégia de comunicação via redes sociais tem funcionado: acumulando mais de um milhão de seguidores no Instagram, a música de João — com destaque para “te vi dançando” — tem alcançado inúmeros fãs, inclusive famosos. Braga ainda não tem álbum, mas lançou o EP Bragolitos (2023), com uma parceria ao lado de Rafael Portugal na faixa “eu”, e começou 2024 com o single “putz”, produzido por KVSH.
por Heloísa Lisboa
Formado por Charles Gama, Chaene da Gama e Rodrigo “Pancho” Augusto, o Black Pantera surgiu há uma década. A banda se inspirou no nome dado ao movimento por direitos civis dos panteras-negras durante a década de 1960, nos Estados Unidos. Os autores de faixas como “Fogo Nos Racistas” e “Mosha” foram bem-sucedidos ao superar o ceticismo pares e haters, que não enxergavam espaço para seus questionamentos de inclusão como referência no heavy metal brasileiro.
O trio de Uberaba, Minas Gerais, ainda mescla o furor do gênero com letras que servem como protesto contra o racismo no Brasil e no mundo. Em 2020, o grupo escreveu “I Can’t Breathe”, canção inspirada no assassinato de George Floyd, homem negro asfixiado por um policial branco nos Estados Unidos. No último lançamento, o EP Griô (2023), o Black Pantera retoma o inglês para continuar denunciando injustiças sociais e impedindo que a verdadeira história negra seja apagada.
por Heloísa Lisboa
Diretamente do Pará, Felipe Cordeiro é filho de Manoel Cordeiro, considerado o inventor da lambada e um dos maiores músicos da guitarrada. Com influências que vão do MPB aos gêneros amazônicos, como o brega e a cumbia, Felipe também inovou ao cunhar o termo “pop tropical” para definir o estilo no qual sua música se encaixa. Ele colaborou com artistas como Arnaldo Antunes, Gaby Amarantos e Tulipa Ruiz. Em parceria mais recente, Cordeiro trabalhou com Chico César, na faixa “De Amor, Amor”. Seu álbum de estreia saiu em 2010, e, anos depois, ele formou o Combo Cordeiro com o pai, lançando um disco homônimo. O single “Talarico” foi a primeira música de Felipe divulgada em 2024 e antecede um novo álbum, após cinco anos desde Transpyra (2019).
por Heloísa Lisboa
O artista de Maceió foi influenciado pelo próprio pai e começou a tocar violão aos 7 anos. Ele cursou matemática ainda no Alagoas, mas foi somente em São Paulo que ele pôde se aprofundar na ideia de viver de música. No Reino dos Afetos, primeiro disco de estúdio do cantor, ele fala sobre a saudade e a cidade que deixou. Já na continuação, No Reino dos Afetos 2, a urbanidade de São Paulo ganha mais espaço. As amizades, no entanto, continuam sendo celebradas nas letras de Berle. Batata boy, um de seus amigos, inclusive, faz parte do seu disco de estreia. Bruno se coloca ao lado de artistas como Ana Frango Elétrico, Tim Bernardes e Bala Desejo.
por Heloísa Lisboa
Totô de Babalong, nome artístico de Heitor Alencar Pinto, nasceu em Teixeira de Freitas, na Bahia, mas viveu dez anos de sua vida em Brasília. Agora, o cantor mora em São Paulo, onde muitos novos artistas continuam concentrados. O produtor João Mansur, da dupla ‘Akhi Huna, é uma presença constante nos créditos das músicas do baiano. Ele lançou seu segundo álbum, Pescoço Salgado, neste ano, e contou também com a ajuda de Tomás Tróia na produção. A vencedora do Grammy Latino Gaby Amarantos é outro nome que aparece na companhia de Totô, que mistura em seu pop tropical inspirado pelos anos 2000 elementos de pagode, axé e brega e até de eurodance.
por Heloísa Lisboa
A banda é formada por Marina Miglio, Cotô Delamarque, Calvin Delamarque, Stênio Galgani, Bino e Thiago Groove. Original Brasil, terceiro e mais recente álbum de estúdio do grupo mineiro, cristaliza ritmos brasileiros em faixas como “Menina” e “Fez A Onda”. O grupo surgiu com a fusão de duas bandas universitárias e passou a se chamar Lamparina apenas em 2021, após a música “Não Me Entrego Pros Caretas” viralizar e ultrapassar dez milhões de streams no Spotify. Antes, eles se chamavam Lamparina e a Primavera. Dentre os sucessos da banda, também estão “Conversa Fiada”, “Pochete” e “Pequim” — faixa em colaboração com os baianos do Àttooxxá.
por Heloísa Lisboa
Jota.pê lançou seu primeiro álbum, Crônicas de um Sonhador, em 2015. Dois anos depois, ele participou do The Voice Brasil e entrou para o time de Lulu Santos. Já em 2024, o músico lançou o disco Se o Meu Peito Fosse o Mundo, com colaborações de Xênia França e Gilsons. O álbum ainda contou com a ajuda de Marcus Preto como produtor. Ele foi diretor artístico de Gal Costa entre 2013 e 2022, quando a cantora faleceu. Inserido na MPB, Jota.pê também formou um duo, chamado ÀVUÀ, com Bruna Black. Eles participaram de uma sessão da Colors — plataforma que promove performances de artistas que estão despontando em todo o mundo. A dupla fez parte do álbum Onze (2020), ao lado de Zeca Baleiro, Elza Soares e outros que interpretaram músicas inéditas de Adoniran Barbosa.
por Heloísa Lisboa
Jeysa Ribeiro, nome por trás de Duquesa, nasceu em Feira de Santana, na Bahia. Apesar de chamar a terra do axé de cidade natal, ela se tornou uma rapper e chegou a se apresentar no Festival CENA 2k22. Seu primeiro álbum, TAURUS, saiu em 2023, quase uma década depois do início de sua carreira, em 2015, quando participou do grupo Sincronia Primordial. Artistas como Rizzi Get Busy e Go Dassisti colaboram na estreia. Em 2024, Duquesa não perdeu tempo: “Echo na Rua”, lançado com de Iuri Rio Branco e do rapper Jotapê, e “Set Ajc 2”, com Ajuliacosta, iamlope$$, LAI$ROSA e Mc Luanna, são dois dos singles que inauguraram o ano da cantora. Ela acumula ainda parcerias com Ju Moraes e Rincon Sapiência no currículo.
por Heloísa Lisboa
Francisco Gil — ou apenas Fran — tem talento de sobra no sangue. Ele é filho da cantora Preta Gil e do ator Otávio Muller. O avô Gilberto Gil e o tio-avô Caetano Veloso participam de músicas de seu primeiro álbum solo, raiz, lançado em 2020. Além da colaboraçãoda família, Fran contou com a parceria de Russo Passapusso, do BaianaSystem, na faixa-título. Antes de embarcar em uma carreira solo, o cantor formou o Gilsons, com José e João Gil, tio e primo, respectivamente. Fran também lançou um disco, Onde? (2020), inteiramente ao lado de Chico Chico, nome artístico de Francisco Ribeiro Eller, outro destaque no Future 25 Brasil 2024.
por Heloísa Lisboa
O cearense vivia na Europa e estava terminando de cursar engenharia civil quando percebeu que queria se tornar um músico profissional. Ele lançou um álbum homônimo em 2022, contando com a participação de Gabriel Aragão Hannah Maria Montenegro. O cantor, que aprendeu a tocar violão na infância, também publica covers de canções nacionais e internacionais em seu canal no YouTube. Vance Joy, Jake Bugg, Skank e The Neighbourhood são alguns dos artistas que inspiram Cartaxo. Em 2023, seu álbum de estreia ganhou uma versão deluxe, com remixes e faixas inéditas. Já em 2024, Davi divulgou uma parceria com Amora, com quem escreveu “Bobeira”. O single “Positividade”, com Durval Lelys e RodMac, de 2019, porém, segue sendo o mais ouvido do cantor no Spotify.
por Heloísa Lisboa
O filho de Cássia Eller, Maria Eugênia e Tavinho Fialho tem, ao todo, quatro álbuns de estúdio. Um deles foi lançado em 2015 sob o nome da banda 2x0 Vargem Alta, formada por João Mantuano, Miguel Dias, Pedro Fonseca e Lucas Videla. Com a mesma formação, Chico Chico ainda compôs o grupo 13.7. Após a parceria com Francisco Gil, em 2020, ele lançou Chico Chico & João Mantuano, ao lado de João Mantuano. No mesmo ano, o primeiro disco solo do músico, Pomares, chegou às plataformas de streaming. Em 2022, o projeto foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira, mas perdeu para Indigo Borboleta Anil, de Liniker.
por Heloísa Lisboa
Caetana é a primeira cantora travesti a gravar frevo. Ela passou por diversos grupos populares na periferia do Recife antes de se mudar para São Paulo, em 2021. No ano seguinte, a artista lançou o álbum de estreia, Afronordestina, que ganhou uma versão deluxe mais tarde. Sua música denuncia o racismo, exalta a religiosidade de matriz africana e privilegia a perspectiva de pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIAPN+. A pernambucana também incluiu um remix de “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga, no último disco. Além de se dedicar à música, Caetana trabalha com produção audiovisual, é educadora social e já coreografou um videoclipe de Juliana Linhares.
por Heloísa Lisboa
Juzé pode não ser um nome familiar para você, mas se já ouviu falar de Juliette, Alok e Elba Ramalho, provavelmente já ouviu, nas vozes deles, alguma das músicas do cantor de João Pessoa. Em uma parceria com Lukete, Juzé lançou o primeiro álbum em 2023, com faixas como “Viciei
em tu”, “Babybaby” e “Amor de Feira”. Ele também esteve ao lado de artistas como Alceu Valença e Lucy Alves. O músico ainda interpretou Totonho em Mar do Sertão, novela da TV Globo transmitida em 2022. No papel, Juzé juntou o talento para música com o da atuação e encarnou um violeiro em esquetes que adiantavam cenas dos próximos capítulos.
por Heloísa Lisboa
O trap mais ouvido do Brasil pertence a um jovem nascido em 2001, em uma comunidade da zona oeste de São Paulo. Veigh, nome artístico de Thiago Veigh, é coautor de “Novo Balanço”, faixa que ultrapassou 230 milhões de streams no Spotify e que compõe o álbum Dos Prédios Deluxe. O disco de 2023 é inédito do começo ao fim, não sendo apenas uma nova versão do homônimo — Dos Prédios (2022). Os edifícios da Cohab 1 estampam as capas de ambos e simbolizam o início da carreira de Veigh. Ele adentrou o mundo da música ao lado de Heitor, em 2016, formando o duo Constelação. Somente em 2019, Thiago lançou “Indispensável”, single solo produzido por Nagalli. Hoje, os dois artistas são sócios na gravadora Supernova Ent.
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