Com estreia marcada para dia 23 de janeiro, Amigos, Sons e Palavras terá 13 episódios inéditos com grandes nomes da cultura brasileira
Emanuela Lemes (sob supervisão de Eduardo do Valle) Publicado em 23/01/2023, às 11h45
Gilberto Gil retorna à programação do Canal Brasil com a terceira temporada de Amigos, Sons e Palavras (2018), programa que recebe grandes nomes da cultura brasileira para um bate-papo descontraído, leve e informal. Com 13 episódios inéditos, a terceira temporada estreia nesta segunda-feira, 23 de janeiro, às 20h45, em que serão exibidos dois programas por dia.
Convidados como Fernanda Montenegro, Liniker, Marcelo Adnet, Demétrio Magnoli, Gabriela Lemos, Laymert Garcia, Hermano Vianna e Ronaldo Lemos são alguns dos convidados confirmados para a nova leva de conversas íntimas, que sempre são iniciadas com uma música do cantor, especificamente escolhida para o convidado e então a conversa se desenrola a partir da canção.
Em coletiva de imprensa, Gilberto Gil deu alguns detalhes sobre a construção da próxima temporada e como selecionou os convidados para o terceiro ano de Amigos, Sons e Palavras (2018). A respeito da escolha das canções, o cantor diz que "o objetivo é que as músicas casem com os entrevistados e os assuntos que serão tratados no programa, para conectar aquela pessoa à minha licença poética".
Não os vejo como entrevistados, mas como conversadores. Os critérios foram variados, mas principalmente tem a aproximação coleguística, pois há cantor, músico, comunicador, pessoas do teatro, humoristas - todos estamos conectados de alguma forma em nossos trabalhos e na arte em nossas vidas.”
Sobre as canções, Gil diz que, mesmo sem faixas inéditas, o vasto repertório de sua carreira sempre acaba sendo trazido em novas versões, determinada pelos diálogos em específico. “É um dos pontos fortes do programa, essa renovação de versões das canções, sendo mais espontâneas, sem extremos cuidados de arte-finalização, é tudo mais simples, mas uma simplicidade que me agrada muito."
Para a escolha de assuntos que serão trazidos nas conversas, Gilberto Gil frisa que as escolhas seguem o rumo do bate-papo. Embora haja pauta, há também muita “repauta”, maneira como definiu mudanças no roteiro surgidas na hora, em função dos temas que acabam se apresentando com o desenrolar de cada entrevistado - que contam também com o olhar atencioso das diretoras Letícia Muhana e Patrícia Guimarães.
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Tem conversas específicas que vinham de temas que eu queria falar sobre, seja música ou até mesmo ciência, em como os avanços tecnológicos afetam as pessoas. Queria falar de muita coisa [...] As variedades de temas que são propostas são muito vastas pois todos somos vastos. Há assuntos fixos trazidos pelos realizadores do programa, mas tudo fica muito fluído ali na conversa em si com o convidado”.
Muhana e Guimarães, diretoras do programa, ao lado da Gegê Produções Artísticas, direção de produção de Flora Gil e direção musical de Bem Gil, descreveram o terceiro ano de Gil no comando de Amigos, Sons e Palavras como “a temporada mais Gil que tem, pois fomos amadurecendo com ele, aperfeiçoando o formato. É sempre no tempo dele, da maneira dele, é tudo bastante verdadeiro em todos os sentidos”.
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Já André Saddy, diretor geral de conteúdo do Canal Brasil, descreveu a importância do artista na grade, refletindo o objetivo da emissora. "O programa estimula a reflexão, que os assuntos fiquem na nossa cabeça e desperte algo em cada um, tratando com a calma e profundidade que não estamos acostumados a ver na atualidade - tudo com o jeito Gil, a leveza nas conversas, que são, ao mesmo tempo, intensa e apaixonantes”.
Por outro lado, Gil destacou sua evolução como "conversador" bem como a do time de produção. “Não é a temporada mais Gil de todas. É a temporada mais todos nós. Para mim é muito pessoal, há depoimentos para mim emocionantes, mas é algo criado pela equipe e pela possibilidade moderna de comunicação”.
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A respeito da relevância cultural do programa em tempos de polarização no Brasil, Gilberto Gil garante que a arte segue como caminho para as pessoas se reconectarem, permitindo “juntar linguagens, diferentes formas de expressão".
Nesse momento em que as máquinas fazem as pessoas arriscarem suas individualidades, de estarem ligadas nas possibilidades de linguagens, elas têm a possibilidade de exorcizarem seus males. Pessoas que cantam, dançam, atuam, exercitam linguagem e ares variados, a arte permite essa conexão, e sempre será uma grande liga da humanidade, o ‘objeto das conversas”.
Gil ainda aponta os "feitiços da história cultural" como o grande responsável para a juventude se conectar com seu trabalho, mesmo sem viverem o auge de sua carreira e “por diversas razões, se identificam em alguns aspectos com a minha persona”.
Os jovens são trazidos por essas formas de sedimentação das imagens, dos sons, eles se aproximam com esse aspecto ‘fetichizante’ da personalidade cultural que eu represento. […] Os jovens representam uma passagem de bastão cultural, que é bem importante”.
Estreia: segunda-feira, dia 23/01, às 20h45
Horário: segundas, às 20h45 (dois episódios em sequência)
Reprises: terças, às 13h30; e domingos, às 10h15
Classificação: Livre
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