Grimes opina sobre músicas com IA: 'Sinta-se livre para usar minha voz sem penalidade'

Após Inteligência Artificial (IA) criar "álbum perdido" de Oasis e imaginar parceria entre Drake e The Weeknd, a cantora Grimes opinou sobre esse assunto e se mostrou favorável à criação de canções com uso dessa tecnologia. As informações são da Rolling Stone EUA.

Na noite do último domingo, 23, a artista foi ao Twitter para compartilhar como ficaria feliz em dividir os royalties de uma faixa lucrativa que utiliza a voz dela. "Vou dividir 50 [por cento dos] royalties sobre qualquer música bem-sucedida gerada por IA que use minha voz," afirmou.

+++LEIA MAIS: Grimes acusa jornalistas de 'stalking' por dados de Elon Musk

Na publicação, Grimes compartilhou uma matéria sobre como "Heart on My Sleeve," música falsa de Drake e The Weeknd, levantou questões para a indústria fonográfica. "O mesmo acordo que eu faria com qualquer artista com quem colaboro. Sinta-se à vontade para usar minha voz sem penalidade. Não tenho nenhum rótulo e nenhuma vinculação legal," continuou.

Represália com Inteligência Artificial na indústria da música

Maior empresa de música do mundo e controladora da Republic Records (artistas como Drake e The Weeknd têm acordos de licenciamento e marketing que distribuem as músicas via Republic), Universal Music Group solicitou recentemente que os serviços de streaming bloqueiem o acesso de serviços de IA que podem usar canções das plataformas para treinar os próprios algoritmos.

+++LEIA MAIS: Grimes revela que trocou o nome de sua bebê pela letra 'Y'

"O usa de IA com a música de nossos artistas (o que representa tanto uma violação de nossos acordos quanto uma violação da lei de direitos autorais) levanta a questão sobre lado da história todas as partes interessadas no ecossistema da música querem estar: do lado de artistas, fãs e expressão criativa humana, ou do lado de deep fakes, fraudes e negando aos artistas sua devida compensação," disse a Universal Music Group em declaração à Rolling Stone EUA.

Esses casos demonstram por que as plataformas têm uma responsabilidade legal e ética fundamental de impedir o uso de seus serviços de maneira que prejudique os artistas.