- Capa do terceiro disco de Harry Styles (Foto: Reprodução Twitter)

Harry Styles cria cenários relaxantes com melodias do pop oitentista em Harry’s House [REVIEW]

Harry’s House, terceiro disco solo de Harry Styles, mescla pop e folk em faixas sensíveis e dançantes sobre amor e autoconhecimento

Mariana Rodrigues Publicado em 20/05/2022, às 10h50 - Atualizado em 21/05/2022, às 15h30

Harry Styles abre a porta de casa e convida os ouvintes para relaxar ao som de baladas oitentistas e mais pop do que nunca em Harry’s House (2022), terceiro disco solo do cantor desde que deixou a boy band One Direction. Lançado nesta sexta, 20 de maio, o álbum de 13 faixas é relaxante, sensível e, principalmente, dançante.

Afastando-se cada vez mais do pop rock do disco de estreia, Harry Styles (2017), cantor britânico volta às origens no pop, mas dessa vez bem diferente do início da carreira. Assim como The Weeknd, Dua Lipa, Jessie J e outros artistas que reviveram as melodias dos anos 1980, Styles se aproveita desses ritmos para criar faixas como “Late Night Talking” e até o hit “As It Was.”

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Apesar de seguir a mesma tendência de outros cantores, não há dúvidas que o britânico está iniciando uma nova fase e se reinventando, tanto no estilo de roupas quanto nas próprias músicas. No entanto, pelas faixas, o disco poderia ter facilmente aproveitado essa onda musical e ser lançado em 2021, em vez deste ano.

“Music For a Sushi Restaurant” começa o álbum com pé direito com uma batida animada, diferente de tudo que Styles produziu até agora. Os vocais de fundo e a letra deixam a melodia ainda mais sensual e gostosa de se ouvir – e “Late Night Talking,” apresentada pela primeira vez no Coachella 2022, segue o mesmo caminho.

 

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Assim como a maioria dos artistas, Styles também aproveitou a quarentena para se conhecer melhor, o que inspirou diversas faixas. Em entrevista, músico britânico explicou como queria fazer o público se sentir em casa com Harry’s House e “Grapejuice” é um ótimo exemplo do êxito que ele teve em fazer isso.

Assim como em quase todas as faixas do disco, cantor cria cenários nas letras que são capazes de te transportar para dentro da música. “Ontem, finalmente chegou, uma tarde ensolarada,” canta com uma voz de quem liga para um amor com saudade. “Sentado no jardim, estou com um par de copos / Eu estava tentando contar todos os lugares em que estivemos.”

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E saudade também não falta em “Daylight,” aliás, a maioria das faixas trazem essa temática envolta em versos poéticos e que contam pequenas histórias em cada música. Em “Little Freak” e “Maltida,” Styles desacelera os ritmos para trazer melodias mais calmas e delicadas. Apesar desse estilo predominar tanto no Harry Styles quanto no Fine Line (2019), a forma como cantor o faz em Harry’s House se afasta cada vez mais dos outros discos.

“Matilda” é sensível, dolorosa e umas das composições mais sinceras de Styles. Em “As It Was” o cantor admite que “não fica bem sozinho” e nessa faixa ele se coloca no lugar de alguém que entende as dores de uma amiga. “Matilda, você fala da dor como se estivesse tudo bem / Mas eu sei que você sente que um pedaço de você está morto por dentro,” canta.

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“Cinema” abre o Lado B do disco com refrão chiclete e potencial para single. “Daydream” segue na mesma direção, trazendo de volta as batidas dançantes do início do disco. Já em “Satellite” é impossível não ficar completamente imerso na melodia contagiante criada por Styles.

“Boyfriends,” a qual também foi apresentada antes do lançamento de Harry’s House, fala sobre relacionamentos e brinca com a letra, ao apresentar o primeiro verso de trás para frente. “Tola, você está de volta novamente,” diz Styles, de maneira praticamente incompreensível. Enquanto “Keep Driving” e “Love Of My Life” puxam mais para um folk.

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Ouvir Harry’s House definitivamente é uma experiência capaz levar qualquer um para diretamente para o coração e alma de Styles, seja isso representados em forma jardins, andar de bicicleta, ou um cinema, com conversas sinceras sobre amor, tesão, saudade e saúde mental.

Um dos trabalhos mais ousados e autênticos de Styles até agora, Harry’s House mostra como cantor sabe mesclar as referências dos artistas favoritos e pode se arriscar em diferentes estilos. Ele pode não ser o pioneiro do gênero, mas não há como negar que quando o assunto é pop, ele sabe o que faz. 

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