Ex-líder do Engenheiros do Hawaii também chamou de “velho” frontman do Camisa de Vênus, que o rebateu em nota
Igor Miranda Publicado em 20/02/2023, às 15h42 - Atualizado em 23/02/2023, às 11h18
Uma antiga declaração de Humberto Gessinger, concedida para a biografia Infinita Highway - Uma carona com os Engenheiros do Hawaii (2016) e não publicada na edição final, gerou controvérsia nos últimos dias. O ex-líder do Engenheiros do Hawaii fez críticas a Marcelo Nova, vocalista do Camisa de Vênus definido por ele como “velho” e como alguém que “chupava músicas de todo mundo”.
O responsável por divulgar a fala de Gessinger foi o jornalista e youtuber Júlio Ettore, que obteve acesso aos materiais até então inéditos gravados pelo autor da biografia, Alexandre Lucchese. O registro foi transcrito pelo site Whiplash.
Perguntado sobre uma possível briga entre Nova e o primeiro baixista do Engenheiros, Marcelo Pitz, Gessinger disse não se lembrar de nada especificamente. Porém, aproveitou a ocasião para compartilhar sua opinião a respeito do vocalista do Camisa de Vênus.
“O que acontecia com o Marcelo Nova: todo mundo sabia que ele era um velho que estava pegando aquela onda ali e ele chupava as músicas de todo mundo. Tinha aquela música do The Jam, ‘That’s Entertainment’, daí ele fazia ‘Só Pra Passatempo’, pô, chupava a letra e a música. Mas, ao mesmo tempo, ele ia pra imprensa e ‘cagava a goma’, tu é do meio, tu sabe: ‘tudo bem, deixa o cara’.”
O vídeo completo pode ser conferido no player a seguir.
Ainda que não seja atual, a declaração de Humberto Gessinger era inédita até a publicação do vídeo de Júlio Ettore. Naturalmente, repercutiu - e chegou até o próprio Marcelo Nova, que enviou nota também ao Whiplash para rebater o colega de profissão.
Nova, que é 12 anos mais velho que Gessinger, demonstrou incômodo com ter sido descrito como “velho”, visto que ele tinha por volta de 30 anos de idade na década de 1980.
“[...] Nessa época à qual ele se refere (anos 1980) eu era um cara de trinta e poucos anos e o fato dele ser mais jovem que eu não estabeleço um parâmetro entre quem é, e quem não é jovem. Hoje, velho que estou com meus 71 anos, imagino que ele, agora um sexagenário, tenha dificuldades em aceitar a própria velhice, fato esse que provavelmente deve contribuir para a intensidade dos chiliques que o acometem e que o colocam na condição de apenas uma ‘véia chiliquenta’.”
O músico também se defendeu da acusação de copiar músicas de outros artistas e lembrou que o The Jam foi creditado por inspirar a música “Passatempo”, presente no álbum de estreia homônimo do Camisa de Vênus, lançado em 1983. Sobrou espaço, também, para uma nova alfinetada em sua réplica.
“Quanto ao ‘plágio’ por ele citado, da música ‘That’s Entertainment’, qualquer pessoa que olhe a contracapa do vinil do primeiro disco do Camisa De Vênus verá que a canção do grupo inglês The Jam foi devidamente creditada. E depois, alguém que compõe ‘O Papa É Pop’ deveria ter vergonha ao criticar qualquer canção gravada na música feita no Brasil.”
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