- Benke Ferraz durante participação na Incubadora Musical do Recife (Foto: Hannah Carvalho)
Incentivo

Incubadora Musical do Recife lança coletânea de novos talentos pernambucanos

Projeto idealizado pelo festival No Ar Coquetel Molotov conta com produção de Benke Ferraz e auxilia novos nomes da cena musical da cidade

Rodrigo Tammaro Publicado em 19/08/2024, às 15h42

O festival No Ar Coquetel Molotov lançou nesta segunda-feira (19) uma coletânea e um documentário sobre o projeto Incubadora Musical do Recife. Idealizada pelo festival e realizada pela Coda Produções com incentivo do SIC Recife, a iniciativa busca auxiliar novos talentos musicais da capital pernambucana.

Maya, Zendo, Siba Puri, Jogba e Maracatu Nação Erê foram selecionados dentre mais de 100 inscritos que participaram de uma convocatória online aberta no ano passado.

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Agora, estes cinco artistas tiveram a oportunidade de apresentar novas músicas. As faixas foram produzidas por Benke Ferraz, guitarrista do Boogarins, em parceria com o Estúdio Móbile e com participação de diversos outros artistas.

Incubadora

Realizada entre 2023 e 2024, a Incubadora Musical do Recife teve como foco a capacitação dos novos talentos da cidade.

Ao longo desse período, o projeto promoveu aos participantes um processo de mentoria, gravação e acompanhamento. Eles tiveram a oportunidade de aprimorar as habilidades e produzir composições de qualidade para o mercado nacional.

Lançados neste dia 19, a coletânea digital com as cinco músicas e o documentário com os bastidores marcam o final de todo esse processo.

A incubadora musical é sobre criar coisas e potencializar a voz de quem tem coisa pra dizer. É um projeto que renovou muito a minha visão de produção musical e me deu um novo ânimo. Espero que isso possa fazer o mesmo com a galera que participou e também inspirar quem assistir ao video”, disse Benke Ferraz.

Conheça os artistas

A cantora e letrista recifense Maya traz em seu projeto musical elementos do trip-hop, pop eletrônico e rock alternativo. Para a gravação da Incubadora, ela convidou o guitarrista Carlos Filizola das bandas Guma e Bule

Foi uma honra enorme pra mim poder estar neste projeto. Fico muito feliz de tudo ter rolado tão suave e de ser também esse local especial para ideias fluírem. Esse projeto é uma espécie de bússola, que para além de nortear, nos lembra como seguir nesse imenso mar aberto da produção independente”, reflete a cantora.

Zendo iniciou a carreira em 2022 e trabalha com mesclagens do pop com outros gêneros, como rap, o R&B e o brega/brega-funk. Ele teve a colaboração de Dimitria e Superego, dois nomes ativos na cena autoral local.

[a Incubadora] Ajudou a expandir conhecimentos sobre os processos de produção, impulsionando meu trabalho para viabilizar outras oportunidades”, disse o artista.

Cantora, percussionista e arte educadora, Siba Puri desenvolve um trabalho artístico que tem como influência a sua avó, que criava canções de roda sobre a força encantada presente na terra e nas estrelas. A artista une a arte ancestral do povo Puri aos elementos da cultura pernambucana e jamaicana, fazendo esse elo entre territórios e memórias e rompendo as fronteiras impostas pelo colonizador.

A Música Indígena Contemporânea precisa ocupar todos os espaços. Acredito que o projeto da Incubadora pode contribuir muito para a difusão desse movimento necessário”.

Jogba é um jovem talento do cenário hip-hop recifense e começou a explorar o mundo da rima aos 16 anos. Suas letras são um reflexo autêntico de sua jornada. Kildare Nascimento e Emerson Andrade foram os músicos que participaram da gravação de Jogba para a faixa produzida na Incubadora Musical do Recife

Vejo a Incubadora como a chance de expandir meu alcance para um público mais amplo, contribuindo para colocar minha favela no mapa cultural e musical. Estou empolgado para essa jornada e ver como essa oportunidade pode impactar não apenas minha carreira, mas também minha comunidade”, afirmou o cantor.

Representantes da cultura popular pernambucana e de heranças ancestrais, o Maracatu Nação Erê surgiu em 1993 como uma ferramenta de alfabetização e conscientização das crianças do CEPOMA - Centro de Educação Popular Mailde Araujo. Formado por crianças e jovens da comunidade, a entidade busca estimular a educação. Desde sua formação até agora, a Nação Erê segue levando a cultura de Pernambuco e difundindo a música afro-brasileira em várias partes do Brasil. 

É muito importante fazer com que crianças escutem e vejam crianças fazendo maracatu, mantendo viva essa tradição. E a Incubadora do Coquetel Molotov é uma oportunidade massa nesse cenário da música”, informa Dandara Martins, integrante do CEPOMA.

Ouça a coletânea com músicas produzidas pela Incubadora Musical do Recife a seguir:

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