Casado com uma argentina, João Gordo deixou claro seu posicionamento sobre candidato com tendências de extrema direita
Redação Publicado em 30/08/2023, às 09h22
João Gordo e a banda Ratos de Porão têm shows marcados para São Paulo e Londres nos próximos meses. A banda brasileira, formada na década de 1980, é influência do gênero punk hardcore no mundo inteiro e, se depender de João Gordo, seus integrantes não vão se aposentar tão cedo: "Estamos velhos, mas estamos vivos. A fúria está muito viva", disse o artista em entrevista à Rolling Stone Argentina.
Vivendo ao lado da esposa argentina Viviana Torrico, Gordo está a par da situação política no país e opiniou contra um dos candidatos à presidência. Javier Milei deve enfrentar um segundo turno com Sergio Massa nas eleições deste ano. "Nossas músicas são perfeitas para a realidade argentina", posicionou-se João. "[Milei] é mais insano que Bolsonaro. Com cabelo bagunçado, olhos azuis... Cara de psicopata! E o mesmo modus operandi de Bolsonaro. Falar de coisas terríveis, fascistas, racistas, xenófobas... Já vivenciamos isso aqui no Brasil, foram quatro anos de tragicomédia. E a Argentina agora pode ser a mesma. Tem muitos jovens que acreditam naquele filho da p*ta"
Da mesma forma que defende que os adolescentes de hoje em dia não têm grande interesse em nada — devido ao enorme número de informações aos quais têm acesso —, João Gordo também aponta a internet como um dos meios responsáveis pela disseminação de discursos como o de Milei. "As pessoas são ignorantes e facilmente manipuladas pela internet e pelo WhatsApp", disse.
As pessoas são levadas pelas fake news. Aqui no Brasil acontece o mesmo. Por isso, é muito importante que bandas argentinas se posicionem contra o fascismo para alertar os jovens. A ascensão do fascismo não está ocorrendo só no Brasil ou na Argentina, é igual em todo o mundo. Não há o que temer, com Ratos de Porão, estamos lutando contra o fascismo há muito tempo. As big techs são de direita, bloquearam minha conta no Instagram duas vezes. Tive que ir à Justiça para que me devolvessem o acesso. Tudo isso por causa do meu posicionamento político. É difícil, mas temos que começar de baixo. Toda a cena artística da Argentina tem que se posicionar contra esse filho da p*ta.
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