Maria Alyokhina passou por uma longa viagem da Rússia até a Lituânia
Redação Publicado em 11/05/2022, às 18h17
Maria V. Alyokhina, líder da banda punk Pussy Riot, conseguiu fugir da Rússia com ajuda de amigos após ser presa diversas vezes por criticar o governo do presidente Vladimir Putin e se posicionar contra a guerra da Ucrânia. Ela fugiu de Moscou, capital russa, para Lituânia deixando o celular para trás para não ser rastreada, de acordo com New York Times.
"Fiquei feliz por ter conseguido, porque foi uma despedida imprevisível e grande para as autoridades russas," disse Alyokhina. "Ainda não entendo completamente o que fiz." A cantora sempre se manifestou politicamente durante a vida e até criou a Mediazona, uma agência de notícias independente focada em crime e punição na Rússia.
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Alyokhina estava decidida a permanecer na Rússia apesar da vigilância regular e da pressão das autoridades. Mas resolveu se juntar às dezenas de milhares de russos que fugiram desde a invasão da Ucrânia após as autoridades anunciarem que sua prisão domiciliar efetiva seria convertida em 21 dias em uma colônia penal.
Em 2012, ela foi presa pela primeira vez após a Pussy Riot organizar um protesto contra Putin na Catedral Cristo Salvador de Moscou. Desde o ano passado, foi presa seis vezes, cada uma por 15 dias, sempre sob acusações forjadas destinadas a sufocar seu ativismo político.
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"Acho que a Rússia não tem mais o direito de existir," disse. "Mesmo antes, havia dúvidas sobre como ela está unida, por quais valores ela está unida e para onde está indo. Mas agora eu não acho que isso seja mais uma pergunta."
Lucy Shtein, namorada de Alyokhina, também fugiu da Rússia disfarçada com roupas de entregador após alguém colocar uma placa na porta do apartamento que ela dividia com Alyokhina acusando-as de serem traidoras. Ambas já foram presas por já publicações no Instagram pedindo a libertação de presos políticos na Rússia.
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Alyokhina só conseguiu realmente chegar à Lituânia após três tentativas por conta de problemas com a documentação. Mas, com ajuda de aliados no país, como artista performático islandês Ragnar Kjartansson, chegou até o local de destino com documentos contrabandeados.
"Muita mágica aconteceu na semana passada. Parece um romance de espionagem," disse. Alyokhina afirmou que espera retornar à Rússia, no entanto, não há previsão para quando isso acontecerá. Por enquanto, ela pretende se apresentar com Pussy Riot em eventos pró-Ucrânia.
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