Filha de ator e produtora de cinema, cantora sabe dos desafios de ser uma pessoa pública desde cedo, mas não resistiu à popularidade na juventude
Igor Miranda Publicado em 19/09/2023, às 10h00
Lily Allen teve uma trajetória inicial meteórica na música. Hoje com 38 anos, a artista inglesa, filha do ator Keith Allen e da produtora de cinema Alison Owen, começou sua carreira musical em 2005, quando tinha 20 anos. Disponibilizou algumas gravações na internet e chamou atenção a ponto de conseguir um contrato com gravadora.
Seu primeiro single, “Smile”, atingiu o topo da parada britânica no ano seguinte. O álbum de estreia, Alright, Still, saiu também em 2006 e vendeu 2,6 milhões de cópias no mundo todo.
A trajetória ascendente de sucesso foi mantida até o início da década seguinte. E sob um ponto de vista pessoal, tudo aquilo pareceu ter sido um pouco demais para a cantora — embora ela tenha lidado com o estrelato de seu pai na infância.
Em entrevista ao jornal The New York Times, Allen confessou ter ficado “viciada” na fama. Isso levou a uma série de problemas pessoais, inclusive a dependência química — ela passou da conta com medicamentos para emagrecer no período anterior a uma turnê abrindo para Miley Cyrus, em 2014.
Hoje, ela se encontra sóbria há quatro anos. E admite não se lembrar tão bem de como era sua vida entre seus 18 e 30 e poucos anos de idade.
“[A intrusão da mídia] Tem sido minha vida desde que eu tinha 18 anos. Dos 18 a cerca de quatro ou cinco anos atrás, tudo é nebuloso porque eu estava literalmente perdida o tempo todo.”
Em seguida, a artista foi específica ao apontar que estava viciada na fama. Os problemas pessoais que teve foram oriundos disso.
“Eu também estava usando a fama — isso era um vício em si: a atenção, os paparazzi e o caos.”
Recuperada no momento, Lily Allen não só deu sequência à carreira musical como, também, passou a trabalhar como atriz. Trabalhou em peças de teatro como 2:22 A Ghost Story e The Pillowman, sendo elogiada especialmente pela primeira.
Apesar da atuação estar no sangue por conta de seus pais, Allen atribui isso à sobriedade. Estar “limpa” desperta o desejo de seguir produzindo. Em 2021, quando comemorou seu segundo ano de sobriedade, chegou a dizer que abandonar seu estilo de vida festeiro foi “a melhor coisa” que já fez.
Na música, por hora, não há grandes novidades. Lily até participou de canções do DJ Spoony (“Sweet Like Chocolate”, 2019) e Benee (“Plain”, 2020), mas seu álbum de inéditas mais recente, No Shame, saiu em 2018. Seu último show ocorreu em setembro do ano seguinte, com parte da turnê que promoveu o disco em questão.
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