A cantora e compositora se apresentou na edição mais recente do Candlelight em show solidário para ajudar as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo) Publicado em 12/06/2024, às 12h42
Uma das cantoras e compositoras mais habilidosas da música brasileira, Liniker sabe como encantar o público. Na última terça a artista subiu ao palco do Teatro Bradesco, em São Paulo para uma edição do Cendlelight, da Fever, feita para unir fundos e doações para as vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul.
Acompanhada pela baixista Ana Karina Sebastião e pelo pianista Vitor Arantes, a artista dominou a plateia logo ao entrar no palco. Cercada por velas, a apresentação ganhou um toque especial com a artista explorando outras melodias para sucessos já consagrados da carreira dela e fazendo da própria voz o instrumento que amarrava tudo.
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Brincando com sons e silêncio - que ocasionalmente era quebrado por gritos da plateia que, sem se segurar, a chamavam de "linda" e se declaravam "te amo." — Liniker fez com que cada um dos presentes no teatro lotado ficasse completamente hipnotizado e ansiando pelo que ela apresentaria em seguida.
Houve também espaço para releituras. A artista acertou ao apresentar um cover de "Lovin' You," clássico absoluto de Minnie Riperton. Com uma interpretação digna de uma intérprete teatral, a cantora deu sua assinatura à música.
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Em um bloco dedicado a homenagens a outras lendas da música, Liniker cantou "Coleção," de Cassiano. A artista apresentou a mesma faixa há pouco menos de um mês em um espetáculo dedicado ao cantor e compositor no C6 Fest - o Baile do Cassiano. Aqui, no entanto, a cantora deu à canção um ar intimista e dramático.
Ela também entoou um dos maiores hinos daquele que ela classificou como seu artista favorito. Um coro se formou ainda no primeiro verso de "Oceano," canção de Djavan que, na voz dela, faz jus à poesia lançada em 1989 no disco autointitulado do alagoano.
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Talvez uma das coisas mais impressionantes sobre a apresentação de Liniker, especialmente se você está acostumado a vê-la com a banda completa, tenha sido a maneira como a voz da artista preenchia o espaço. Mesmo em um momento em que ela cantou longe o microfone e se fez ouvir por todo o teatro.
O silêncio também ecoou algumas vezes ao longo da apresentação. De maneira proposital, cantora e músicos deixaram que alguns espaços silenciosos contrastassem com momentos de música em sua mais plena potência. Tudo isso aliado a maneira como Liniker se movimenta no palco fez com que o espetáculo ganhasse um aspecto visual deslumbrante - especialmente pela iluminação das velas.
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Para o bis, a cantora cantou um dos maiores sucessos de Indigo Borboleta Anil (2021), "Baby 95" com um convite especial para que a plateia se unisse a ela em um coral regido pela própria cantora, fazendo com que a noite se encerrasse ainda mais bonita do que já havia sido. Liniker não é só uma pessoa talentosa, é uma artista que mostra no palco toda a sua potência.
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