Entrevistada do Roda Viva na última segunda-feira, 12, Liniker falou sobre as mudanças pelas quais passou desde Remonta, seu primeiro projeto; confira
Redação Publicado em 13/12/2022, às 12h00
Primeira artista trans a conquistar um Grammy Latino, Liniker foi a convidada da Roda Viva na última segunda-feira, 12. E foi durante o programa, ao responder uma pergunta sobre sua trajetória na música e na poesia, que a artista se emocionou, lembrando do começo de sua carreira como cantora.
Natural de Araraquara, em São Paulo, Liniker lançou seu primeiro disco, Remonta, em setembro de 2016. Cinco anos mais tarde, ainda como artista independente, a cantora divulgou seu mais recente trabalho, o álbum Indigo Borboleta Anil — o projeto, inclusive, garantiu à brasileira o Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira em 2022, o primeiro conquistado por uma mulher trans.
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Durante o Roda Viva, então, Liniker revisitou os cinco anos que separam ambos os discos ao responder uma pergunta Adriana Couto. Na ocasião, a jornalista da TV Cultura pediu que a cantora falasse “sobre como sua forma de fazer poesia tem te acompanhado e acompanhado suas evoluções e suas descobertas como uma mulher”. Em resposta, Liniker se emocionou e gerou bastante comoção.
Eu fico muito emocionada com essa pergunta, porque a primeira vez que eu dei uma entrevista foi pra você. E poder voltar nesse processo depois de tanta coisa e poder falar da minha poesia em construção é muito poderoso. Eu me sinto muito acolhida e acho que a poesia e a palavra têm sido minhas maiores aliadas”, disse.
Em seguida, Liniker emocionou-se ao lembrar de quem era durante a composição de seu primeiro disco. “Eu acho que, no Remonta, eu era uma pessoa que tinha acabado de chegar, e estava sonhando muito. Foi a música que me alimentou, foi a música que me fez sonhar, foi a música que me fez resistir."
É muito poderoso saber que, mesmo quando a gente não tem o que comer, e sem romantizar isso, a esperança de algo coloca a gente num lugar que, de repente, eu posso olhar pra minha história e saber que isso passou, e saber que isso hoje movimenta sonho em outras pessoas”, continuou Liniker.
“Acho que desde o Remonta eu venho procurando a Liniker. Aí chega em Indigo, eu escrevo 'Lili', ainda procurando essa menina. Aí eu sonho em 'Lalange', falando que eu procuro essa criança e eu não encontro, então acho que essa procura de mim mesma talvez seja minha função aqui nessa Terra”, finalizou a cantora. Confira, abaixo, o momento em que Liniker se emociona na entrevista:
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