Artista volta ao Brasil com a turnê Ellipsis, que começa nesta quinta-feira, dia 19, no Rock in Rio, e termina em São Paulo na próxima terça (24)
Henrique Nascimento (@hc_nascimento) Publicado em 19/09/2024, às 14h00
Já de casa, Joss Stone volta ao Brasil para apresentar a sua turnê mais recente, Ellipsis, em uma série de quatro apresentações, que começa nesta quinta-feira, dia 19, no Rock in Rio, e depois viaja para Ribeirão Preto, em São Paulo, no sábado (21); para Belo Horizonte, em Minas Gerais, no domingo (22); e chega ao fim novamente em São Paulo, no Espaço Unimed (Rua Tagipuru, 795 - Barra Funda), na terça-feira, dia 24 de setembro — os ingressos para a última apresentação seguem disponíveis.
Batizada em referência às reticências — os três pontos ao final de uma sentença, que empregam continuidade à frase —, a ideia da turnê Ellipsis é navegar livremente pelo seu repertório: "Uma continuação da diversão", como definiu a própria Joss Stone em entrevista à Rolling Stone Brasil.
"Após [a turnê] 20 Years of Soul, [que celebrou vinte anos do lançamento de seu primeiro álbum, The Soul Sessions, de 2003], nós não sabíamos para onde ir. Nós pensávamos: 'Bom, isso foi incrível para caralho. Deveríamos fazer isso de novo?'", relembrou.
"Todos fizeram campanha para que eu continuasse com a turnê de 20 anos. E eu, sendo bem literal, não conseguia fazer isso. Eu falei: 'Pessoal, são 21 anos [agora]. Não podemos celebrar 20 anos no 21º ano. Isso é estranho.' Então, eu disse: 'Não, nós precisamos fazer um show novo'", acrescentou.
Na nova turnê, Joss ainda celebra os seus 20 anos de carreira, mas de uma forma diferente: "Eu decidi aproveitar a oportunidade para tocar músicas que eu não toco há um tempo. Nós meio que tiramos a poeira de algumas delas", revelou.
"Uma que eu amo é Stoned Out Of My Mind. Essa é realmente descolada e está no The Soul Sessions: Volume 2 [de 2012]. E eu não a tocava há eras", adiantou Joss. "E há outra que eu venho evitando ativamente por, provavelmente, 15 anos. E as pessoas pediam muito por essa música. A música se chama Spoiled."
"Todos amam essa música, mas eu não queria cantar, porque eu tinha uma emoção muito grande ligada a ela. E havia tanto naquela música que me machucava. Então, ao longo dos anos, as pessoas pediam para tocar Spoiled e eu fingia que não os ouvia. Eu evitava", esclareceu.
"Essas músicas não surgem do nada, elas vêm de uma experiência que eu quero esquecer, ou uma experiência bonita, mas que deu errado. E então eu não conseguia mais cantar, porque eu pensava na beleza [da experiência] e eu não queria mais pensar", continuou Joss. "Porém, agora, muitos anos se passaram e eu realmente superei. Eu realmente superei a dor. Agora eu posso voltar para o amor."
Além dos clássicos, Joss também quer trazer novidades para o público. À pedido da filha mais velha, Violet, a artista pretende lançar um disco dançante, inspirado por artistas do soul dos anos 1970, como Marvin Gaye, e disco music:
"Minha filha me mostrou muito claramente que ela gosta de dance music. E, como você sabe, eu nunca fiz dance music. Eu toquei todos os tipos de soul music, mas ela está obcecada por dance music. E, então, o meu filho também pediu por dança, dança, dança. Tá bem, dane-se. Vou ter que gravar um álbum dançante", contou.
Ainda que o álbum ainda seja apenas uma ideia, Joss pretende acrescentar algumas novidades nas apresentações no Brasil: "No show, eu tenho uma das [novas] músicas, que é basicamente sobre dançar até espantar a sua dor. Porque, às vezes, você precisa fazer isso. Se você está tendo um dia ruim, você precisa ligar uma música alta e dançar até passar. Só se livrar daquela merda", explicou.
"Então, eu peguei um trecho e o refrão, que é sobre estar com as suas amigas, e eu meio que enfiei no meio de um medley de disco. Nós temos essas músicas antigas, que todos conhecem, celebrando disco como um gênero musical, e eu coloco uma música minha ali", completou a artista.
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