Ao mesmo tempo, Lollapalooza Brasil 2023 abriu com shows de Aliados, Gab Ferreira e Curol
Redação Publicado em 24/03/2023, às 14h48 - Atualizado às 16h32
O aguardado Lollapalooza Brasil 2023, enfim, começou no começo da tarde desta sexta, 24, e os primeiros shows, de Aliados, Gab Ferreira e Curol foram marcados com muito sol e público que chegava em até 40 pessoas. Respectivamente, as apresentações aconteceram no Palco Budweiser, Palco Adidas e Perry's by Johnnie Walker Blonde.
Em declaração exclusiva à Rolling Stone Brasil, Gab Ferreira expressou bastante alegria por participar do festival e ser uma das primeiras artistas a fazer show na décima edição do evento: "Sinto-me muita realizada de tocar no Lolla, que é um festival que eu admiro muito e a experiência de abrir o Palco Adidas foi incrível."
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Além de Aliados, Ferreira e Curol, a sexta ainda terá shows aguardados de Anavitória, Modest Mouse, Suki Waterhouse, Conan Gray, Kali Uchis, Lil Nas X, Rise Against e Billie Eilish. A Rolling Stone Brasil está fazendo a cobertura da 10ª edição do festival.
Na décima edição do festival, Lollapalooza Brasil 2023 trouxe Brisa Flow, primeira mulher indígena originária marrona presente no line-up. Filha de artesãos chilenos, a cantora nasceu em Sabará, cidade de Minas Gerais, e teve primeiro contato com hip hop logo aos 13 anos.
Ao longo da carreira, ela lançou três discos de estúdio: Newen (2016), Selvagem Como o Vento (2018) e Janequeo (2022). Durante entrevista ao G1, Brisa Flow comentou a importância de representatividade em um festival do escopo do Lollapalooza:
É preciso que a gente tenha artistas indígenas em festivais latino-americanos, até porque estamos falando de Abya Yala de 800 povos, né?
Além disso, ela também questionou: "Como que de 800 povos indígenas, a gente vai ter festivais e festivais e festivais de música latino-americana sem nenhum indígena? Com poucas pessoas pretas? Com poucas pessoas trans?"
Como todo e qualquer artista, Brisa Flow também possui influências que impactam o trabalho dela diretamente, seja musicalmente ou pelo discurso nas letras e shows. Elas são Lauryn Hill, Mercedes Sosa, Racionais, Tupac e Violeta Parra.
Sobre Sosa e Parra, a artista disse ao G1: "Eram as pessoas que ouvia desde pequenininha e consegui relacionar isso com o rap de uma forma muito forte, mesmo que sejam ritmos diferentes. São letras que dizem basicamente as mesmas coisas sobre nossas necessidades por vida, necessidades básicas de acesso, de saúde, ao bem viver."
Via muita relação com Racionais e Mercedes Sosa. Era um texto muito similar e foi a forma que eu consegui de continuar a sementinha assim da minha família para frente ao contar a história de pessoas que estão na luta aí pela sobrevivência em um mundo de pressão aqui na América Latina.
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