Lollapalooza: contratos não têm 'cláusula de cancelamento', admitem organizadores

Os cancelamentos no Lollapalooza têm deixado internautas e frequentadores do festival revoltados, mas sempre ocorreram, confirmou Marcelo Beraldo, curador artístico do evento. "Os motivos passam por doença, custos de viagens e o fator saúde mental, do qual não se fala tanto", disse em entrevista à Splash. 

"A multa de cancelamento desse contrato deve ser uma coxinha do bar e um caldo de cana", escreveu um usuário do Twitter. Na verdade, Leca Guimarães, diretora mundial do festival, revelou que não existe uma "cláusula de cancelamento" nos contratos e apontou as desvantagens disso: "Ter que sair correndo para achar uma atração disponível em tão pouco tempo é complicado. Tem que acionar os contatos, quase pedir favor. E normalmente sai caro".

Como exemplo, Beraldo e Guimarães citaram o cancelamento do Foo Fighters em 2022, quando Taylor Hawkins faleceu. Eles afirmaram que nenhum artista internacional quis fazer a substituição, nem mesmo Miley Cyrus. Planet Hemp, Emicida e convidados, então, homenagearam o baterista no palco. "O que aconteceu ali mostrou que a música existe mais para unir do que para separar", disse Leca.

Line-up alterado

O Lollapalooza Brasil anunciou nesta terça-feira, 27, que Jaden, Rina Sawayama e Dove Cameron cancelaram as apresentações que fariam no festival. Jessie Reyez foi incluída no line-up no sábado, enquanto o Greta Van Fleet participará no dia seguinte.

Os artistas não os primeiros a cancelar show no Brasil. No último mês, o Paramore retirou o país da agenda, sendo substituído pelo Kings of Leon.

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