Texto sem efeito prático foi aprovado por comissão da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (22); texto cita "caráter erótico" e "inspiração pornográfica" da apresentação
Redação Publicado em 23/05/2024, às 12h06
Deputados da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovaram nesta quarta-feira (22) uma moção de repúdio ao show da Madonna no Rio de Janeiro. Sem efeito prático, a medida simboliza insatisfação do grupo ao teor da apresentação, considerada ofensiva aos "princípios morais da maioria da população brasileira".
A proposta foi assinada pelos deputados Allan Garcês (PP-MA), Chris Tonietto (PL-RJ), Clarissa Tércio (PP-PE), Cristiane Lopes (União-RO) e Julia Zanatta (PL-SC). A única oposição foi a de Sâmia Bomfim (PSOL-SP).
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A comissão da Câmara dos Deputados ainda incluiu a partipação das cantoras Anitta e Pabllo Vittar no show, bem como menções ao prefeito Eduardo Paes (PSD) e o governador Cláudio Castro (PL) na moção de repúdio.
O texto da nota aponta para o "caráter erótico" e para a "inspiração pornográfica" da apresentação, e apela para um o "mínimo padrão de decência necessário a uma convivência social harmoniosa". Leia o trecho abaixo:
"O caráter erótico e de inspiração pornográfica de suas coreografias - que simulavam posições sexuais e verdadeiras orgias no palco -, além de torná-las impróprias à audiência mais jovem da apresentação - que foi transmitida em rede nacional, sendo acompanhada por milhões de brasileiros de todas as idades, inclusive crianças -, ofende gravemente os princípios morais da maioria da população brasileira, e mesmo o mínimo padrão de decência necessário a uma convivência social harmoniosa."
Madonna reuniu 1,6 milhão de pessoas em uma apresentação gratuita na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no último dia 4 de maio. O show marcava o encerramento da The Celebration Tour, a turnê de comemoração aos 40 anos de carreira da cantora. O evento, feito com patrocínio entre o município do Rio de Janeiro, o estado do Rio de Janeiro e empresas privadas, teve retorno de mais de R$ 300 milhões, segundo balanço divulgado pelo governo do estado do Rio de Janeiro.
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