Marcelo D2 e TZ da Coronel unem samba, rap e trap ao mundial de Breaking

A edição de 20 anos do Red Bull BC One, campeonato mundial de breaking que acontece anualmente, foi um tanto quanto especial. Ocorrida no último sábado, 7 de dezembro de 2024, na Farmasi Arena, no Rio de Janeiro, a competição teve destaque para os principais B-Boys e B-Girls da atualidade, além de shows de Marcelo D2 e TZ da Coronel.

O Brasil estava muito bem representado no evento. O lado dos homens contava Leony (eliminado nas oitavas de final por Khalil) e a estrela Samuka (eliminado na semi pelo campeão, Menno), um dos competidores mais talentosos e que contou com total apoio da torcida presente. Com as mulheres o país tinha Mini Japa (parou nas quartas após derrota para Kimie) e Toquinha (perdeu na semi para a segunda colocada, Nicka). A B-Girls campeã foi a jovem sensação India, de apenas 18 anos, que conquistou o bicampeonato. Apesar das derrotas dos brasileiros, as campanhas em 2024 representaram a melhor da região no BC One. Veja as fotos abaixos:

No entanto, antes da competição apresentada por Amjad e Magá Moura começar, Marcelo D2 foi o grande responsável por iniciar a cerimônia com um show curto, de pouco mais de 10 minutos. Poucos dias antes de lançar o disco Manual Prático Do Novo Samba Tradicional, Vol. 1: DONA PAULETE. A apresentação foi bastante focada no samba e das heranças africanas do gênero. Por fim, o artista chamou uma bateria de escola de samba, com todos os competidores no palco com ele, e iniciou BC One com chave de ouro.

Então, os combates de breaking aconteceram até as finais, a masculina entre Menno e Icey Ives, enquanto a feminina foi entre India e Nicka. Após os campeões celebrarem a vitória, chegou a vez de TZ da Coronel, que se prepara para entrar em uma nova estética artística após lançamento do álbum Direto da Selva Deluxe (2024), apresentar-se.

O repertório do trapper contou com os principais sucessos da carreira, como "Qual é seu desejo?" e "Engana Dizendo Que Ama." Em entrevista à Rolling Stone Brasil, TZ falou sobre o relacionamento com a cultura do breakdance. Red Bull BC One 2024 foi o primeiro evento da modalidade que o cantor presenciou, mas ele já conhecia a modalidade há alguns anos.

O artista chegou a ver vídeos alguns anos atrás e ficou impressionado com o "molejo" que os B-Boys e B-Girls precisam ter para dançar. "Já comecei a dar uma treinada e a pegar um molejosinho," relembrou. "Gosto de ver a rapaziada quebrando tudo sem vergonha, sem medo de julgamento, sem medo de nada."

Por fim, TZ da Coronel refletiu sobre a conexão entre as culturas do breaking e do hip hop: "Uma complementa a outra. Hip hop, em geral, esse gênero todo vai complementando o outro e ajudando o foco a se expandir. Eu acho bem maneiro, mesmo."

Me amarro no break e na batalha de rima também, de onde vim. Me amarro no trap, que eu acho que é tudo a mesma família ali. Tipo, break é um primo, batalha de rima é outra prima. Já vem como trap, geral que canta. Isso é uma família. Também dá várias oportunidades para vários menores que podiam estar aí na rua fazendo besteira. Podem se interessar por outras coisas que podem ter um futuro. E aí isso que eu acho maneiro.

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