Em entrevista à Rolling Stone, Badauí, do CPM 22, revelou esperanças com público e avaliou política e música em fase atual do Brasil
Arthur Pazin e Mariana Krunfli Publicado em 04/06/2023, às 17h18
Fernando Badauí, vocalista do CPM 22, se apresentou ao lado da banda no último sábado (3), no João Rock. Em entrevista à Rolling Stone, o cantor revelou esperanças com seu público e avaliou política e música em fase atual do Brasil: "Sentimento de união".
"Está muito longe da gente ter um país pacificado. Claro, passando por dificuldades ideológicas muito severas e tentativas de golpes de estado. Não era uma situação que podia ser ignorada. Como falei ano passado, em uma democracia, você tem diferenças de ideias e de pensamentos, mas desde que seja no campo democrático. Passando por essa fase, vejo que os discursos não são mais tão politizados, com um teor mais sério", compartilhou o vocalista do CPM 22.
"Essas mudanças que o Brasil já passou, todos os países já passaram. As democracias evoluem com o que tem para evoluir. Espero que, em um futuro próximo, o Brasil possa encontrar um caminho de mais paz e que a gente possa ter governantes que governem para todos", acrescentou Fernando Badauí.
O músico ainda declarou que já percebeu mudanças positivas no comportamento do público, e que espera crescer esse sentimento para fora dos shows: "Não só aqui no João Rock, mas na nossa turnê, vejo que a galera pós pandemia tem um sentimento muito forte de frequentar shows, de dar valor para aquilo que ficaram sem durante dois anos. Esse sentimento agora é de união, vejo esse festival com essa energia. Hoje não falei muito isso, mas sempre falo em todos os shows: 'Vocês estão aqui, todos unidos, pela mesma causa. Todo mundo se divertindo. A gente pode ter esse tipo de energia fora daqui, com menos ódio na internet, menos juízes de causas sem conhecimento. Todo mundo julga todo mundo hoje'".
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"A gente está aqui desde o começo, eu tenho uma relação muito próxima", contou Fernando Badauí, que definiu o João Rock como um momento de confraternização. "Espero que esse festival cresça cada vez mais e que a gente possa ter em outras edições, de repente, mais de um dia - dois ou três - para colocar ainda mais artistas no palco", completou.
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