Integrante do Tears for Fears busca manter suas referências musicais atualizadas
Igor Miranda Publicado em 02/01/2024, às 10h25
Embora o Tears for Fears seja um ícone da música dos anos 1980, Curt Smith nunca deixou de se atualizar na música. Os trabalhos mais recentes do duo formado também por Roland Orzabal — Everybody Loves a Happy Ending (2004) e The Tipping Point (2022) — apresentam uma série de influências contemporâneas, não se limitando a reproduzir a sonoridade de discos como Songs from the Big Chair (1985) e The Seeds of Love (1989).
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A versatilidade de Smith ficou clara após o músico ter sido convidado pela revista Spin, em 2021, para listar 5 discos sem os quais não vive. Na ocasião, o cantor, baixista e tecladista mencionou quatro álbuns das décadas de 1970/1980 e um trabalho recente.
A opção contemporânea de Curt para a lista foi A Brief Inquiry into Online Relationships, terceiro álbum de estúdio do The 1975, banda inglesa que combina elementos de indie rock e art pop. De início, ele ainda revelou ter ficado dividido entre esse disco e i,i, quarto trabalho de estúdio do Bon Iver — projeto americano de indie folk.
“Fiquei dividido entre isso e i,i, do Bon Iver. São meus dois favoritos dos últimos anos. Mas A Brief Inquiry… é mais como uma jornada e liricamente é mais forte. Não sei sobre o que Justin Vernon está cantando e sinto que não estou sozinho aí.”
O músico do “Tias Fofinhas”, como a banda é chamada no Brasil, declara enxergar muito de seu famoso grupo no The 1975.
“Sou um grande fã do The 1975. Encontro muitos paralelos entre eles e nós quando éramos jovens. Eles estão tentando fazer coisas um pouco diferentes. Há músicas pop em seus discos, mas eles também são realmente elaborados.”
Em seguida, Curt Smith destacou as músicas de A Brief Inquiry into Online Relationships que lhe deixaram mais encantado.
“‘Give Yourself a Try’ é uma história muito pessoal. ‘Love It If We Made It’ é um apelo perfeito para os dias de hoje, fala sobre a crise climática e a política nos Estados Unidos, tudo numa música pop fantástica. Minha favorita, que obviamente diz algo sobre mim, é ‘I Always Want to Die (Sometimes)’. Eu sempre busco sons melancólicos, mas eles têm um pouco de autodepreciação, o que é verdade.”
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