Até mesmo o baterista daquela que é considerada a maior banda da história tem suas lamentações a respeito da carreira
Igor Miranda Publicado em 23/10/2024, às 08h00
Todo mundo tem arrependimentos. Até Ringo Starr, baterista daquela que é considerada a maior banda da história, os Beatles.
Starr foi o elemento final do grupo, completado por John Lennon, Paul McCartney e George Harrison. Entrou de última hora, substituindo Pete Best, e dali não saiu mais. Permaneceu até o encerramento das atividades da banda em 1970 e desde então, segue carreira solo, além de ter criado o supergrupo Ringo Starr & His All-Starr Band no final dos anos 1980.
Sabemos que após ter seu fim decretado, os Beatles nunca mais se apresentaram juntos novamente. Porém, se dependesse do próprio Starr, uma reunião com seus colegas de banda deveria ter acontecido antes da trágica morte de Lennon em 1980.
Em entrevista de 2015 à Rolling Stone EUA, o baterista revelou que o simples fato de o grupo não ter se reunido novamente, até mesmo para uma rápida apresentação, foi seu maior arrependimento com relação à banda. O músico afirmou:
Nós ainda tínhamos algumas músicas e poderíamos ter nos apresentado ao vivo. Poderíamos ter nos reunido e tocado ‘A Day in the Life’ (música lançada após os Beatles deixarem de realizar shows).”
Ringo revelou ainda acreditar que um reencontro nunca ocorreu devido às diferenças criativas e pessoais entre os membros. Para ele, isso teria sido amenizado com a tecnologia atual, pois a comunicação seria mais fácil.
Com a tecnologia que temos atualmente, poderíamos ter nos reunido. Eu acredito que a pedra no caminho foi simplesmente nos sentarmos juntos e dizer: ‘ok, vamos fazer isso’. Nunca chegamos a este ponto. Fizemos (isso) em duplas.”
De fato, vale lembrar que foram várias as ocasiões em que dois e até mesmo três integrantes dos Beatles trabalharam em conjunto após o fim da banda. Todavia, um reencontro entre os quatro jamais ocorreu.
Apesar disso, o terceiro álbum solo de Ringo Starr, Ringo (1973), teve a contribuição de todos os ex-membros do lendário grupo. Vale ressaltar, porém, que foram trabalhos realizados de forma separada, sem qualquer faixa desenvolvida em conjunto pelo Fab Four.
Seis anos mais tarde, agora em entrevista à New Yorker, Ringo Starr voltou a tocar neste assunto. Ele revelou que em 1973, graças a um breve encontro com John Lennon, começaram a surgir novos rumores de uma reunião do grupo.
De acordo com o baterista, pouco tempo depois, ele e seus ex-colegas recusaram uma fortuna para uma reunião. Os responsáveis pela ideia ainda queriam uma abertura pra lá de bizarra, na qual um homem lutaria contra um tubarão — curiosamente, dois anos antes do clássico filme Tubarão (1975) ter sido lançado.
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Colaborou: Augusto Ikeda.
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