Vocalista falecido em 1991 se consagrou como um dos gigantes da história junto ao Queen
Igor Miranda Publicado em 13/08/2023, às 10h00
Não restam dúvidas de que Freddie Mercury é um dos maiores vocalistas de todos os tempos. Mesmo décadas após sua morte, em 1991, após uma dura luta contra o vírus HIV, o cantor do Queen segue lembrado por seu talento inegável e sua capacidade de performance tão desenvolvida a ponto de dominar palcos de todos os tamanhos, em qualquer lugar do mundo.
As apresentações no Brasil, sobretudo na primeira edição do Rock in Rio, em 1985, são prova disso. Uma combinação perfeita de potência, técnica e carisma.
O reconhecimento vem, inclusive, de outros talentosos vocalistas. É o caso de Amy Lee, cantora do Evanescence, que se rendeu aos méritos de Freddie mesmo com sua banda não soando tão influenciada pelo Queen.
Em entrevista à Revolver Magazine (via site Igor Miranda), a artista foi convidada a selecionar os 11 melhores vocalistas de todos os tempos em sua opinião. Não surpreendeu que Mercury fosse justamente o primeiro lembrado por ela.
Ao comentar sua escolha, Lee não poupou elogios ao gigante do hard rock. Inicialmente, desfilou adjetivos ao falar sobre seu poderio.
“Um dos mais incríveis de todos os tempos. Como vocalista de rock, simplesmente incrível, perfeito. Sua voz tinha força e poder, estava tudo lá.”
Em seguida, porém, a frontwoman do Evanescence destacou aquele que acredita ser o grande diferencial do finado colega de profissão. Segundo ela, o background na ópera fazia com que o astro se destacasse em relação aos demais no rock.
“O que é interessante e único sobre Freddie Mercury é que ele tinha a habilidade de ser como um cantor de ópera se quisesse e ele sabia disso.”
O comentário feito por Amy Lee certamente não considera apenas o trabalho de Freddie Mercury com o Queen. O saudoso vocalista chegou a gravar um álbum fortemente influenciado por ópera, Barcelona (1988), ao lado da cantora lírica espanhola Montserrat Caballé.
A parceria era um sonho de Mercury, grande apreciador do trabalho de Caballé. Na época das gravações, ele já sabia que estava com HIV e sua banda havia decidido parar de fazer shows - o último aconteceu em 1986. Por isso, o astro se preocupou em trabalhar o máximo possível em estúdio e concretizar alguns de seus objetivos artísticos.
A colaboração foi iniciada após a definição de que os Jogos Olímpicos de 1992 seriam em Barcelona. Começou com os dois gravando uma música que serviria de tema para a competição esportiva. Porém, o processo evoluiu a ponto de gerar um disco de oito faixas, com Mercury assumindo as composições ao lado de Mike Moran. Infelizmente, porém, o gigante cantor não viveu o suficiente para ver a faixa original ser usada na Olimpíada, já que ele faleceu no ano anterior.
Vale destacar ainda que as influências operísticas apareceram em outros momentos da carreira de Freddie com o Queen. O maior exemplo disso é o hit “Bohemian Rhapsody”, onde o astro e seus parceiros de banda demonstram habilidade vocal com a criação de várias camadas referenciando o gênero artístico originalmente teatral.
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