- Rolling Stones (Foto: Getty Images)
Rock

O grande mérito das guitarras dos Rolling Stones, segundo Slash

Músico do Guns N’ Roses tem a banda de Mick Jagger e Keith Richards como uma de suas maiores influências

Igor Miranda Publicado em 16/09/2023, às 15h30

Os Rolling Stones estão entre as bandas mais influentes da história do rock. E embora todos os envolvidos tenham seus méritos, não dá para negar que há alguns elementos de destaque no grupo: os vocais e a presença de palco de Mick Jagger, um dos frontmen definitivos, e as guitarras, assumidas sempre por Keith Richards e, a depender do período, por músicos como Brian Jones (de 1962 até sua morte em 1969), Mick Taylor (entre 1969 e 1974) e Ronnie Wood (a partir de 1975).

Autoridade em guitarra, Slash refletiu sobre o quão mágico é o trabalho no instrumento feito pelos Stones durante entrevista de 2014 à Esquire (via site Igor Miranda). Independentemente do músico que esteja acompanhando Richards, a sonoridade é sempre tão “unha e carne” que fica até difícil identificar quem está tocando o quê — e esse é o grande mérito do grupo em sua opinião.

“O lance com os Rolling Stones é que eles têm um som tão conjunto que muitas vezes você realmente não diferencia entre Keith Richards e quem está tocando a guitarra solo. Você apenas ouve como um todo, o de certa forma é uma grande declaração do que significa ser uma banda.”

A declaração, porém, foi concedida em uma ocasião onde o integrante do Guns N’ Roses havia sido designado a escolher seus 10 guitarristas prediletos. Um dos selecionados foi Mick Taylor, em opção justificada na sequência.

“O período em que Mick Taylor esteve com eles, no que diz respeito à guitarra solo, foi meu período favorito, a trilha sonora da minha juventude. Quando comecei a tocar, reconheci o quão maravilhosa era a guitarra principal e muito daquele material que eu tanto amava tinha a ver com a presença de Mick Taylor.

Rolling Stones e Mick Taylor

Como já mencionado, Mick Taylor fez parte dos Rolling Stones entre 1969 e 1974. Ele teve a dura função de substituir Brian Jones, uma das lideranças do grupo. O multi-instrumentista faleceu afogado em 3 de julho de 1969, aos 27 anos.

Durante sua passagem pelos Stones, Taylor gravou cinco álbuns de estúdio: Let It Bleed (1969), Sticky Fingers (1971), Exile on Main St. (1972), Goats Head Soup (1973) e It’s Only Rock ‘n Roll (1974). Também foi com ele o registro ao vivo Get Yer Ya-Ya’s Out! The Rolling Stones in Concert (1970).

Embora o grupo tenha lançado clássicos com praticamente todas as suas formações, o período com Mick — anteriormente membro do John Mayall’s Bluesbreakers — é reconhecido por muitos como o mais frutífero criativamente. Canções como “Gimme Shelter”, “You Can’t Always Get What You Want”, “Brown Sugar”, “Wild Horses”, “Tumbling Dice”, “Happy” e “Angie”, por exemplo, trazem o som de sua guitarra.

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