Ao longo dos anos, setlists da banda se tornaram motivo de debate entre os fãs; baixista explica seu ponto de vista
Por Igor Miranda (@igormirandasite) Publicado em 27/06/2023, às 17h30
Quanto maior a banda e mais longa é sua discografia, mais frequentes são as discussões em torno dos repertórios montados para seus shows. O Iron Maiden é um exemplo perfeito: o gigante grupo de heavy metal tem 17 álbuns de estúdio lançados e uma série de músicas que fãs gostariam de ouvir ao vivo, mas não tiveram oportunidade porque, claro, há um número limitado de canções para se tocar em uma apresentação ao vivo.
Para se ter ideia, a atual turnê do Maiden, The Future Past Tour, realizou o sonho de vários admiradores ao contar com a execução de uma música que foi lançada em 1986, mas nunca tocada ao vivo: “Alexander the Great”. O épico de 8 minutos e meio não fazia parte nem mesmo do setlist da excursão que promoveu o álbum do qual faz parte, Somewhere in Time.
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Em entrevista à Metal Hammer, o baixista e líder do Maiden, Steve Harris, revelou quais os critérios para a criação de um setlist para sua banda. O baixista deixou claro que ele e seus colegas atendem aos próprios desejos, não aos dos fãs.
"Isso pode soar um pouco contundente e até brutal, mas não fazemos isso para o público. Fazemos isso para o nosso próprio interesse primeiro.”
Conforme o músico explica seu ponto de vista, dá para entender melhor que, no fim das contas, eles querem entregar algo real para o público. Por isso, precisam estar confortáveis com as escolhas.
“Temos que nos sentir confortáveis com o que estamos tocando e curtir aquilo e, então, esperamos que os fãs gostem. Essa sempre foi a nossa postura ao longo de toda a carreira. Não fazemos um censo do tipo: ‘oh, será que todo mundo gosta disso ou daquilo?’. Ou qualquer outra coisa. Nós não fazemos isso.”
Iniciada em maio na Eslovênia, a The Future Past Tour traz o Iron Maiden homenageando um de seus álbuns mais renegados: Somewhere in Time. Embora adorado pelos fãs, o disco não foi tão lembrado pela banda nas turnês posteriores. Somente agora, 37 anos após o trabalho ter sido lançado, o material está recebendo alguma atenção nos palcos, com as execuções da já mencionada “Alexander the Great”, “Caught Somewhere in Time” (que não era tocada ao vivo há 36 anos), “Stranger in a Strange Land” (fora dos setlists há 24 anos), “Heaven Can Wait” (preterida há 15 anos) e “Wasted Years” (excluída há 6 anos).
Ao mesmo tempo, o grupo divulga seu disco mais recente, Senjutsu, lançado em 2021. Cinco canções do novo trabalho marcam presença: “Days of Future Past”, “Death of the Celts”, “Hell on Earth”, “The Time Machine” e “The Writing on the Wall” - esta última, presente no espetáculo anterior, Legacy of the Beast. Completam o setlist as canções “Iron Maiden”, “The Trooper”, “Can I Play With Madness e “The Prisoner”.
Até o momento, a The Future Past Tour tem datas marcadas apenas na Europa e no Canadá. A expectativa é que o espetáculo seja trazido ao Brasil em 2024.
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