Escolha feita pelo ex-vocalista do Van Halen recai sobre trabalho que, em sua visão, “nunca envelhece”
Igor Miranda Publicado em 25/01/2024, às 15h00
Sammy Hagar ficou conhecido pelo grande público como o segundo vocalista do Van Halen. Assumiu a vaga deixada por David Lee Roth entre 1985 e 1996. Em uma segunda passagem, esteve na banda entre 2003 e 2005. Seu trabalho com o grupo, além do reconhecimento comercial e crítico, fez com que ele entrasse para o Rock and Roll Hall of Fame em 2007.
Mas sua carreira não se limita a esse período. Hagar lançou vários álbuns solo, além de ter integrado o Montrose na década de 1970 e desenvolvido projetos como Chickenfoot, The Circle e HSAS. E seu leque de influências também não se limita ao hard rock por meio do qual se consagrou mundialmente.
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Em entrevista de 2022 à Spin (via site Igor Miranda), Sammy foi convidado a compartilhar cinco álbuns sem os quais não vive. Sua lista foi relativamente eclética, com trabalhos que vão do funk americano ao metal. Mas um dos discos mencionados é um clássico definitivo do rock: The Dark Side of the Moon, responsável por alçar o Pink Floyd ao estrelato em 1973.
Ao comentar sua escolha por Dark Side, Hagar declarou:
“Por quê? Porque nunca envelhece. É por isso que o adoro. Depois de todos esses anos, quando ouço, ainda eleva o nível artístico e criativo para mim. Faz dizer para mim mesmo: ‘Ainda não consegui’. É tão profundo que não precisa de mais explicações, não é?”
Na sequência de sua argumentação, Sammy relembrou do período em que gravou o primeiro trabalho de sua carreira: o álbum de estreia do Montrose, lançado em outubro de 1973. Naquele período, The Dark Side of the Moon era seu fiel companheiro.
“Enquanto eu estava gravando o primeiro disco do Montrose, eu ouvia ‘Money’ no rádio e o álbum inteiro ao lado da piscina em um toca-fitas com fones de ouvido. Desejava estar em uma banda como aquela. E aqui estava eu gravando o primeiro disco do Montrose, que acabou sendo minha introdução no mundo da música com ‘Rock Candy’, alô!?”
Sammy Hagar não chegou a deixar claro se “Money” é sua música predileta em The Dark Side of the Moon, mas tudo leva a crer que seja. No caso do baterista do próprio Pink Floyd, Nick Mason, a canção está entre suas prediletas do disco.
Em entrevista ao The Sun (via site Igor Miranda), Mason foi convidado a revelar as faixas que mais gosta no clássico álbum de 1973. Ele respondeu:
“Provavelmente [minha favorita] é a introdução de ‘Breathe’, com aquela bateria preguiçosa e depois com a voz de Dave entrando. Isso prepara o terreno para mim. ‘Money’ também é interessante de tocar. Realmente gosto do jeito como ela começa rapidamente.”
Em outra parte de sua declaração, o baterista contou que enxerga Dark Side como um trabalho ainda novo, mesmo tanto tempo depois. Segundo ele, a intenção da banda era fazer um bom disco, mas sem imaginar que se tornaria um dos mais vendidos da história, com mais de 45 milhões de cópias comercializadas mundialmente.
“Viemos de uma época em que ninguém pensava que qualquer música de rock duraria mais do que algumas semanas. Fizemos o álbum o achando realmente bom, a melhor coisa que tínhamos feito até então. Mas não imaginávamos que teria essa repercussão. Naquele período, não tínhamos feito sucesso na América e não achávamos que isso aconteceria.”
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