Vocalista tem dado poucos detalhes a respeito da Run for Your Lives, excursão que começa na Europa em maio e deve ser trazida para o Brasil em 2026
Igor Miranda (@igormirandasite)
Publicado em 14/01/2025, às 15h50O ano novo também representa uma “virada” de momento para o Iron Maiden. No fim de 2024, a banda concluiu — com dois shows no Brasil — a turnê The Future Past, focada nos álbuns Senjutsu (2021) e Somewhere in Time (1986). Em 2025, mais especificamente a partir de maio, inicia-se a Run for Your Lives, excursão que celebra os 50 anos de fundação do grupo.
Com repertório focado nos nove primeiros álbuns — a estreia de 1980 até Fear of the Dark (1992) —, a vindoura excursão marca ainda a primeira ocasião em décadas em que o Maiden se apresentará sem Nicko McBrain. O baterista, membro desde 1982, se afastou das atividades na estrada e será substituído por Simon Dawson (British Lion, The Outfield etc).
O vocalista Bruce Dickinson tem sido o porta-voz dos próximos planos do grupo. Em vídeo nas redes, já havia prometido que ele e seus colegas “farão coisas que nunca fizemos antes”, com direito a um “setlist memorável”. Agora, em entrevista à Classic Rock, compartilhou mais alguns detalhes do que vem por aí.
Primeiro, o cantor disse que a abordagem do repertório será contemplar “os maiores sucessos”, ainda que dentro de um universo dos nove primeiros discos. Ele afirmou:
“Você quer os maiores sucessos, certo? Bem, não podemos fazer todos eles, porque vamos parar em um certo álbum [Fear of the Dark]. São os maiores sucessos até certo ponto [1980 a 1992]. Mas a produção vai ser de outro mundo. E temos um setlist que vai tirar a cabeça das pessoas!”
Dickinson também foi convidado a refletir sobre a The Future Past, que, como citado, focou nos álbuns Somewhere in Time e Senjutsu. Ao falar do disco mais recente, ele citou uma música que mantém a atenção do público de forma inesperada.
“Há uma música do Senjutsu que está na pole position para pessoas que vão ao banheiro no meio do show — e elas não vão —, chamada ‘Death of the Celts’. É uma música longa, dez minutos, com uma longa parte instrumental de 5 minutos e 20 segundos. Eu sei disso porque é quanto tempo eu tenho para tomar uma xícara de chá no meio. Você chega ao final da música, olha para o público e pensa: ‘M#rda, nós não os perdemos, certo? Eles estão conosco! Eles estão prestando muita atenção’. É quando você sabe que realmente tem algo.”
Em seguida, ele pontua que as faixas de Somewhere in Time envelheceram bem, quase 40 anos após o lançamento original. E ainda destacou uma de suas prediletas no tracklist.
“Colocar Somewhere in Time sob os holofotes é ótimo. Somewhere in Time não foi exatamente esquecido como um álbum, mas de alguma forma sempre pareceu viver na sombra do que veio antes dele — a Santíssima Trindade de The Number of the Beast (1982), Piece of Mind (1983) e Powerslave (1984) — e o que veio depois dele, Seventh Son of a Seventh Son (1988). Mas há algumas músicas incríveis em Somewhere in Time. Eu amo ‘Stranger in a Strange Land’, tem um groove tão bom.”
O Iron Maiden levará sua Run for Your Lives primeiro à Europa. Há shows marcados no Velho Continente entre os meses de maio e agosto. A expectativa é que, em 2026, o itinerário seja expandido para outros continentes — incluindo o Brasil, país que Bruce Dickinson visita com sua carreira solo em 7 de setembro, para apresentação no festival paulistano The Town.
Confira abaixo a agenda do Iron Maiden para 2025:
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