Referência técnica no instrumento, Lombardo compartilhou opinião positiva sobre o geralmente criticado Ulrich
Igor Miranda Publicado em 07/09/2023, às 10h22
Com o passar dos anos, o Metallica se transformou em uma potência incontestável. Os números não deixam mentir: é a banda de metal mais bem-sucedida da história, com mais de 125 milhões de discos vendidos mundialmente — somente um deles, o Black Album de 1991, acumula 30 milhões de unidades comercializadas.
Parte desse êxito passa por Lars Ulrich. O baterista pode até ser criticado por talvez apresentar algumas limitações técnicas no instrumento, mas seu talento ao conduzir a banda e ao criar arranjos no instrumento não pode ser diminuído.
Outros colegas de instrumento reconhecem isso. Um deles é Dave Lombardo, ex-baterista do Slayer e citado como um dos maiores nomes da história do instrumento no metal. Em declaração à Metal Hammer (via site Igor Miranda), o músico fez um comentário bastante positivo a respeito de Ulrich e ainda deixou claro que não gosta de se deparar com “haters” dele.
“Sinto que Lars é uma parte essencial dessa banda – qualquer outra pessoa e simplesmente não soará igual. Repreendo as pessoas que falam m#rda sobre ele, não gosto disso.”
Em seguida, Lombardo comentou que é necessário “abraçar” o som de Ulrich e entender sua contribuição para o Metallica. E reforçou o tamanho adquirido pela banda ao longo das décadas.
“Eles são inspiradores. Todo mundo quer ser tão grande quanto. E você só consegue isso correndo riscos. Eles chocaram as pessoas quando cortaram o cabelo ou o que quer que fosse, mas foi parte da evolução. Claramente sabiam o que estavam fazendo. E ainda estão por aí arrasando.”
Curiosamente, Dave Lombardo deu uma força para o Metallica ao tocar algumas músicas com a banda no Download Festival, na Inglaterra, em 2004, quando Lars Ulrich passou mal e não pôde subir ao palco. O então integrante do Slayer dividiu as funções com o saudoso Joey Jordison (Slipknot), já que não conhecia todas as músicas.
Um vídeo completo da apresentação pode ser conferido a seguir. Lombardo ficou a cargo das duas primeiras músicas, “Battery” e “The Four Horsemen”. Jordison executou todo o restante, com exceção de “Fade to Black”, assumida pelo técnico de bateria do grupo, Flemming Larsen.
Outro gigante da bateria no metal a reverenciar Lars Ulrich nos últimos tempos foi Mario Duplantier. O integrante do Gojira disse ao Downbeat Podcast (via Loudwire / site Igor Miranda) que está “cansado” de ver pessoas que falam mal do músico do Metallica pelo que ele oferece hoje em dia, aos 59 anos de idade, sem considerar o que foi feito no passado ou suas contribuições para além da execução perfeita.
“Estou um pouco cansado de ver toda essa conversa sobre ele não tocar bem, porque o que criou é bastante único. Ouça a p*rra de …And Justice for All (álbum de 1988). É incrível. Ele trouxe um aspecto físico, essa coisa de tocar sem camisa, fazer caretas e ficar agitando atrás dos kits – é quase mais importante do que o resto. Ficava fascinado com a presença dele quando era mais novo. Não era sobre a técnica, sabe? Não me importava se estava tocando bem, mas o que eu via atrás da bateria. Uma verdadeira personalidade.”
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