- MV Bill (Foto: Marcos Hermes)

'Ódio continua me movendo,' diz MV Bill sobre trajetória no rap

Em coletiva de imprensa online, MV Bill divulgou seu novo livro e falou sobre como o ódio é um sentimento importante para a obra dele

Redação Publicado em 15/04/2022, às 20h00

O rapper MV Bill continua sendo movido pelo ódio. O músico acredita que esse sentimento é um elemento importante na trajetória artística dele, desde o início até os dias de hoje. Aliás, ele gostaria de ver mais ódio na cena musical.

Na última quinta, 14, o músico participou de uma coletiva de imprensa online para promover o livro de crônicas A Vida Me Ensinou A Caminhar, o qual foi lançado nesta sexta, 15, e falou sobre como o ódio está presente em sua obra.

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"O ódio ainda continua me movendo. Para fazer o tipo de rap que faço, tem que ter um pouco de ódio também. Quando tem um pouco de ódio, não quer dizer vou ser uma pessoa violenta ou que vai ter ausência de amor no meu coração. Não é isso. Mas a gente sente ódio em várias situações."

O rapper continuou: "Eu utilizo a música para fazer isso. A música acaba sendo uma válvula de escape, a oportunidade da gente dizer exatamente o que quer, da forma que quer dentro de uma coisa artística e ritmada. Acho que continua sendo um dos meus combustíveis para poder fazer minha música."

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MV Bill ainda avaliou como este sentimento poderia estar mais presente na atual cena musical. "Essa coisa do ódio, que é muito aplicada por nós e que ainda trago até hoje, não sei se todo mundo que faz música hoje compartilha desse sentimento. Eu, às vezes, sinto falta de ver isso um pouco em algumas músicas. Indignação coletiva."

 

A Vida Me Ensinou a Caminhar

Idealizado desde 2018 e escrito durante a pandemia de covid-19, A Vida Me Ensinou a Caminhar relembra a trajetória do rapper carioca MV Bill, nascido Alex Pereira Barbosa, que ganhou destaque com o grupo Geração Futuro ao lado de Adão, Teko, Deco e Lirinha nos anos 1990.

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Distribuído pela Editora Age, a obra conta com 27 capítulos e retrata os momentos mais marcantes da vida do músico, como a formação do Geração Futuro e sua participação no Free Jazz, com arma na cintura, em 1999. Confira o primeiro capítulo completo aqui e o livro no site da editora aqui.

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