Dexter Holland, vocalista do The Offspring, elogiou novas bandas do rock e comentou expectativas para show no Brasil
Dimitrius Vlahos Publicado em 08/09/2022, às 10h52
The Offspring volta ao Brasil para show no Rio de Janeiro nesta quinta, 8. Em entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil, o vocalista e guitarrista, Dexter Holland, comentou expectativa para apresentação, elogiou revival do rock e alfinetou Guns N' Roses - também em turnê pelo país.
"Tocamos depois deles [Guns N' Roses] ou eles tocam depois?", questionou Dexter ao ser perguntado sobre bandas que completam line-up dos shows no Rio de Janeiro. Com a informação de que The Offspring abriria a noite, o músico riu e deu de ombros.
Sobre Måneskin, que faz shows no Rio e em São Paulo, afirmou: "É muito legal ver isso, fazer parte da noite que eles tocam. Eles são italianos, certo? Isso é ótimo também, uma banda internacional. Faz tudo parecer algo grande e global e isso é muito bom."
The Offspring chega ao país com o primeiro lançamento em quase 10 anos, o disco Let the Bad Times Roll (2021). Dexter aproveitou para justificar o longo intervalo entre os projetos da banda - que lidou com a saída do baixista, Greg K., em 2019.
Demorou muito tempo, mas foi meio como um acidente. Não percebemos que demoraria tanto. Estávamos ocupados com algumas turnês e precisávamos de tempo para escrever. Depois de um tempo, tínhamos bastante material, mas apenas decidimos que o disco não estava pronto ainda.
"Quando começamos, havia certa pressão: 'Finalmente temos uma faixa no rádio, precisamos lançar o próximo disco ou então ninguém vai lembrar de nós.' Mas passamos dessa fase. Agora é hora de ter certeza que estamos fazendo um bom disco. Se precisar de cinco anos, então assim será," completou.
Apesar disso, Dexter deixa claro que o próximo projeto não deve demorar tanto. O músico, inclusive, concedeu entrevista via chamada de vídeo, pois estava em um estúdio em Vancouver (Canadá), trabalhando no sucessor de Let the Bad Times Roll (2021).
Com mais de 30 anos de carreira, manter-se fresco no mercado é um desafio para a banda norte-americana, "mudar, mas continuar igual," como Holland descreveu. "Se você muda muito, perde a sonoridade que fez as pessoas gostarem de você. Agora, se não alterar nada, deixa as pessoas entediadas," explicou.
"É sempre um desafio, por isso você deve se manter fiel a si mesmo. Leva um bom tempo, mas, eventualmente, chegamos lá. Temos mais de 10 discos, 100 músicas. Precisamos cavar um pouco mais fundo se queremos estar em um lugar novo. Amo criar música no estúdio, é uma das minhas partes favoritas, então, vale a pena," completou.
Ainda sobre o trabalho no próximo disco, Dexter relembrou como gosta de escrever canções "para as pessoas cantarem alto," e, em seguida, revelou trabalhar em homenagem ao país.
Não posso dar muitos detalhes, mas estou escrevendo uma música sobre o Brasil para o nosso próximo disco. Acredite ou não. Sem brincadeiras, vai ser sobre o Brasil, e mal posso esperar para compartilhar com vocês, espero, no ano que vem. Isso mostra o quanto vocês representam para nós.
Let the Bad Times Roll mostra esperança do grupo, que toca no Brasil pela primeira vez após recomendações de quarentena ao redor do mundo. Ouça:
Como o Slipknot foi alvo de ódio de outras bandas em sua 1ª grande turnê
SZA promete mais músicas novas logo após lançar o álbum deluxe "Lana"
Beyoncé, Kendrick Lamar e mais: Confira as músicas favoritas de Barack Obama em 2024
Teimosia: MK e Edgar buscam resgatar a essência do rap clássico em EP
Toninho Geraes se emociona durante audiência sobre plágio contra Adele; gravadora encerra reunião sem proposta de acordo
Novo clipe do Viper homenageia Pit Passarell com cenas de seu penúltimo show