- Kurt Cobain no MTV Acústico Nirvana (Foto: Reprodução/YouTube)

Ópera baseada na morte de Kurt Cobain, do Nirvana, é criticada por direitos autorais

Ópera foi baseada no filme Last Days (2005), que retrata os últimos dias do líder do Nirvana, que cometeu suicídio em 1994

Redação Publicado em 20/10/2022, às 14h04

O espólio de Kurt Cobain criticou uma recente adaptação teatral do filme Last Days (2005). Dirigido por Gus Van Sant, a produção cinematográfica é um relato fictício dos últimos dias do líder do Nirvana, que cometeu suicídio em 1994.

A Royal Opera House de Londres encenou uma ópera baseada no filme no início deste mês no Linbury Theatre, entre 7 e 11 de outubro. A apresentação orquestral foi composta por Oliver Leith, com um libreto de Matt Copson, que codirigiu a adaptaçãoao lado de Anna Morrisey.

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Em um comunicado fornecido ao portal britânico Daily Mail (via NME), um representante da propriedade de Cobain disse que a produção foi “criada e escrita sem a permissão ou a consulta do espólio de Cobain”, acrescentando que “Infelizmente, é uma tentativa não autorizada que busca lucrar e se beneficiar de um caso que ocorreu há 30 anos”.

Embora não tenha recebido uma ameaça de processo na justiça, um porta-voz da Royal Opera House divulgou um comunicado à imprensa reiterando que a produção de Last Days é uma adaptação cinematográfica e, portanto, não tem relação direta com Kur Cobain. “É um relato de ficção que foi produzido com as permissões de Gus Van Sant e da HBO”, diz o texto.

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A adaptação de Last Days da Royal Opera House foi anunciada em abril deste ano, com uma descrição oficial dizendo que a ópera “mergulha no tormento que criou um mito moderno” e que “Blake” é “assombrado por objetos, visitantes e memórias que o distraem de sua verdadeira propósito – autodestruição”.

Ao anunciar o projeto no início deste ano, o diretor Oliver Leith revelou ser um grande fã do Nirvana e que “a música serviu de trilha sonora para a adolescência”. Falando ao The Guardian sobre o protagonista de sua ópera, Leith disse o porquê a figura de Kurt Cobain permanece relevante. “É porque segurava tantas contradições dentro de si mesmo, e todos nós fazemos o mesmo”.

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