Os 5 melhores discos de todos os tempos para Matthew McConaughey

Matthew McConaughey é um dos atores mais reconhecíveis dos últimos tempos. O americano nascido no Texas capturou a atenção do público através de seu carisma, a ponto de imitações dos seus trejeitos serem populares até hoje. Mas qual seria o gosto musical dele?

Em entrevista de 2020 à Rolling Stone EUA para promover seu livro de memórias, “Greenlights”, McConaughey foi perguntado sobre seus álbuns preferidos. O ator tinha os primeiros dois nomes na ponta da língua.

Inicialmente, ele disse:

The Miseducation of Lauryn Hill (1998), de Lauryn Hill, é incrível… e Rattle and Hum (1988), do U2…”

Um dos álbuns mais importantes da década de 1990, The Miseducation of Lauryn Hill venceu o Grammy de Álbum do Ano em 1999 e teve mais de 10 milhões de cópias comercializadas somente nos Estados Unidos. A Apple Music o elegeu como o maior disco de todos os tempos em 2024.

Já Rattle and Hum (1988) é a trilha sonora do filme da turnê de The Joshua Tree (1987), álbum mais aclamado do U2 até então. A reação do público foi polarizada especialmente em território americano. Curiosamente, McConaughey gosta do disco justamente por isso. Ele explicou:

Grande parte desse álbum é ao vivo. E eles estavam falando verdades, cara. Não estavam pedindo permissão. Eram honestos.”

Outros prediletos

Matthew McConaughey continuou sua lista com um nome famoso do heartland rock. Ele citou:

[The] Lonesome Jubilee, do John Mellencamp, foi um álbum bem, bem grande pra mim. Moldou muito do meu senso de patriotismo e até mesmo no quesito de relações raciais e humanas.”

Lançado em 1987, The Lonesome Jubilee foi inspirado em grande parte pela morte do tio de Mellencamp pelo câncer. A perda o fez refletir sobre as expectativas da sociedade para jovens de uma certa geração — e como pessoas de origem mais humilde são impedidas de seguir seus sonhos devido a isso. O disco também solidificou sua sonoridade clássica, pelo fato de sua banda de apoio ter participado do processo de composição desde a turnê do trabalho anterior, Scarecrow.

O ator, em seguida, escolheu um álbum bem recente. Ele disse:

Ah, e Metamodern Sounds in Country Music, do Sturgill Simpson. Outro álbum incrível do começo ao fim.”

Disponibilizado em 2014, Metamodern Sounds in Country Music trouxe consigo uma pequena revolução na música country. Simpson era visto como um contraste drástico aos artistas dos anos 1990 e 2000, com uma sonoridade remetente aos outlaws dos anos 1970, como Willie Nelson e Waylon Jennings. Desde então, ele se tornou um dos cantores mais celebrados do gênero.

Por fim, McConaughey selecionou um álbum que não precisa de muita apresentação ou explicação. Ele nomeou:

E por fim, vou de AC/DC, Highway to Hell.”

O clássico de 1979 do grupo australiano é considerado um dos melhores álbuns de rock da história. Entretanto, apesar das músicas cheias de celebração e alegria, carrega consigo o legado de ser a obra final de Bon Scott. O vocalista faleceu em 1980, com a causa oficial listada como envenenamento alcoólico.

O renascimento de Matthew McConaughey

Matthew McConaughey era visto como uma das maiores estrelas de Hollywood durante os anos 1990 e início dos anos 2000. Todavia, sua carreira atingiu um ponto baixo por volta de 2006. O ator deixou os holofotes por volta de dois anos após seus filmes mais recentes não darem o retorno esperado.

Sua volta às telas foi triunfal a ponto de surgir o termo “McConnaissance”, uma brincadeira com a palavra inglesa para Renascença. O ator discutiu esse período e seu retorno na mesma entrevista à Rolling Stone EUA:

Eu basicamente sumi. Então todo mundo se perguntou: ‘Para onde que McConaughey foi?’. De repente, eu me tornei essa ideia nova e esperta. ‘Ei, sabe quem seria uma ideia interessante pra esse papel?’ E eu pensei: ‘Se estou montando um portfólio de trabalho no momento, talvez precise de um nome’.”

Durante essa reinvenção, McConaughey deixou comédias românticas para trás e se arriscou em projetos mais independentes. Suas performances nos filmes Killer Joe (2011) e Magic Mike (2012) trouxeram outra imagem dele perante o público. Entretanto, o maior êxito dessa época foi Clube de Compras Dallas (2013), pelo qual o ator venceu seu primeiro Oscar de Melhor Ator.

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Colaborou: Pedro Hollanda.