- Humberto Gessinger (por Luigi Vieira)
Engenheiros do Hawaii

Para Humberto Gessinger, saída do Engenheiros do Hawaii foi "perda de glamour deliciosa"

Em turnê com seu novo trabalho solo, músico ponderou sobre saída da banda que o consagrou

Eduardo do Valle (@duduvalle) Publicado em 10/10/2023, às 15h12

Para Humberto Gessinger, a saída do Engenheiros do Hawaii foi como uma "perda de glamour deliciosa". A declaração foi dada pelo músico ao Jornal do Comércio, do Rio Grande do Sul, a quem falou sobre o novo álbum, parcerias antigas e recentes e sobre a proximidade dos 60 anos.

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Em turnê com o novo disco solo Quatro Cantos de Um Mundo Redondo, Gessinger falou, na entrevista, sobre o grupo que integrou entre 1985 e 2008:

"Deixando de usar o nome Engenheiros do Hawaii, senti uma perda de glamour deliciosa, que me fez muito bem."

Na conversa, ele ainda comentou que, como artista, se sente com 21 anos: "Mas agora tenho mais 38 que se somaram a eles".

"Continuo escrevendo, tocando e cantando como sempre fiz e continuo agrupando pessoas para tocar minhas canções na estrada."

Nova turnê

O lançamento da turnê Quatro Cantos de um Mundo Redondo aconteceu no último dia 30, no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre. Sobre o resultado do show, o músico revelou-se saatisfeito:

"Superou em muito a expectativa. Eu já sabia que os ingressos estavam esgotados há dias e que estavam vendendo o espaço para quem se dispusesse a ficar em pé. Mas eu não esperava que o pessoal estivesse conhecendo as músicas do disco novo tão bem", disse.

Segundo Gessinger, o lançamento da turnê no Rio Grande do Sul também foi marcante pela estrutura completa do show, como ele mesmo imaginou, com um power trio, um trio acústico e com um quarteto em duas canções. Na setlist, ele incluiu cinco músicas do novo trabalho, mas também os clássicos, de quem o acompanhou em outros momentos na carreira.

Refletindo justamente sobre a passagem do tempo e a longevidade de seu trabalho artístico, ele refletiu: "Eu sempre vejo minha carreira como um fluxo contínuo, vários capítulos de um mesmo livro", diz. "Apesar de saber que 'novidade' é uma palavra tida como sagrada no nosso ambiente"

Segundo o músico, a passagem do tempo não teria alterado a forma como produz, mas sim a maneira como entende seu trabalho:

"Agora escrevo menos e acho que escrevo melhor - ao menos me satisfaço mais".

Leia a entrevista completa de Humberto Gessinger para o jornalista Márcio Pinheiro, do Jornal do Comércio, aqui.

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