Cantor e compositor lançou nesta sexta, 9, a faixa e um clipe cheio de memórias do pai — diagnosticado com Alzheimer recentemente
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo) Publicado em 09/08/2024, às 14h33
Um carro e muitas lembranças. Perdido, cantor, compositor, produtor, videomaker e animador, mergulhou na própria memória para lançar seu single mais recente, "Parati," pelo selo dobra discos, com distribuição da Altafonte Brasil. A canção é uma homenagem ao pai do artista, diagnosticado com Alzheimer.
“Essa é uma doença bem assustadora, né? Ela vai levando embora o que somos.," reflete Perdido em conversa com a Rolling Stone Brasil. "Eu acredito que somos nossas lembranças, elas são nosso manual de sobrevivência. Eu quis que meu pai continuasse a lembrar da infância que ele me deu o máximo possível. Era ali que ele estava construindo o que seriam minhas memórias, o meu próprio manual de sobrevivência. É um papo meio Igual o Divertida Mente (2015), da Disney,” brinca.
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O carro que batiza a canção existiu na infância do cantor, ele lembra do pai ter comprado quando ele e o irmão eram pequenos. "Uma Parati preta com um porta-malas gigantesco para o meu tamanho na época." Agora, já adulto, ele usa uma miniatura do veículo para o clipe — uma obra à parte.
O meu trabalho visual é muito apoiado no que chamo de 'faça você mesmo de forma fantástica.' Quis trabalhar com miniatura no vídeo para trazer esse universo de infância, um brinquedo que vira um super carro. Não tinha Parati preta vendendo, demos um jeito.
"Também quis fazer os efeitos de 'glitch,' tão usados para representar memórias, e que normalmente são digitais, de uma forma analógica com scanner. De uma certa maneira foi uma grande brincadeira mesmo fazer este vídeo," explica. Perdido, que também dirige o clipe.
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Entre as tantas memórias que a viagem de "Parati" nos proporciona, Perdido compartilha uma conosco: "Aqui no Rio existia um cinema no estilo drive-in nos anos 80, você parava o carro e tinham duas telas, uma na frente e outra nos fundos. Nos fundos passava um filme de criança e na sequência na tela da frente um de adulto, o som você sintonizava no rádio do carro, eu e meu irmão vimos deitados no porta-mala um filme dos ursinhos carinhosos e depois dormimos enquanto meus pais viam o filme deles.”
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