Cantor deixou os Estados Unidos apenas três vezes, apesar da enorme influência e popularidade mundial
Emanuela Lemes (sob supervisão de Eduardo do Valle) Publicado em 18/07/2022, às 16h32
Elvis Presley é um dos nomes mais conhecidos do mundo do entretenimento. Intitulado de Rei do Rock, o cantor se tornou mundialmente famoso ao apresentar um estilo de música e dança considerados ousados e revolucionários para a sua época.
Mesmo com todo o sucesso, o músico e ator realizou apenas três apresentações fora dos Estados Unidos, no Canadá, país vizinho, em 1957. E o notório empresário de Presley, conhecido como coronel Tom Parker, estaria por trás da decisão.
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Nascido como Andreas Cornelius van Kuijk, o responsável por administrar a carreira do Rei do Rock seria, segundo suspeitas da época, um homem foragido da Holanda e com estadia ilegal nos Estados Unidos, o que complicava a saída do agente do país.
Mesmo tendo casado com uma americana e servido no Exército, o coronel não se registrou como um estrangeiro sob o Smith Act (1940) ou procurou os programas de anistia necessários para regularizar sua imigração.
Em 1957, Presley fez shows em Toronto, Ottawa e Vancouver. Nessa época, a fronteira entre os dois países não fazia requerimento de passaporte para a travessia, mas mesmo assim o empresário permaneceu nos Estados Unidos enquanto o resto da equipe acompanhou o cantor.
Entre as justificativas para não ceder a acordos de turnês fora do país, o coronel sempre alegava a falta de segurança, infraestrutura inadequada e preços de ingressos abusivos que prejudicariam os fãs. As respostas negativas do coronel acabaram estremecendo a relação com o músico.
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A tensão entre os dois chegou a um ponto de ebulição em 1974, quando uma oferta milionária para uma turnê na Austrália foi recusada pelo coronel, que inclusive teria sido demitido após Elvis descobrir o acordo.
Em entrevista ao site Noise11, Jerry Schilling, ex-membro do grupo executivo em torno de Elvis, apelidado de Memphis Mafia, contou sobre o ocorrido e detalhou como mesmo demitindo o empresário, o cantor não conseguia escapar de sua influência no meio.
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“Eu estava naquela reunião tarde da noite no Las Vegas Hilton. Elvis queria fazer turnês no exterior. Ele queria ir à Austrália, ao Japão. O coronel falou: ‘se você for, eu não irei com você’. Elvis falou: ‘tudo bem então, você está demitido’.”
“Quando Elvis tentou montar uma turnê ninguém ousava chegar perto dele por medo do Coronel. Eles [os produtores] tinham um relacionamento com o coronel. Eles respeitavam o coronel. Eles não queriam passar por cima dele. No fim das contas, Elvis não podia chegar onde queria por causa das amarras dos negócios.”
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Mais detalhes sobre a trajetória de Elvis Presley e coronel Tom Parker foram exibidas na cinebiografia de Baz Luhrmann. A produção acompanha a ascensão de Elvis Presley à fama e o relacionamento complexo do cantor com o empresário, quem o descobriu em 1955.
O filme conta com Austin Butler no papel do Rei do Rock e Tom Hanks como Parker. Além disso, elenco tem nomes como Richard Roxburgh, Kelvin Harrison Jr., Luke Bracey, Dacre Montgomery, David Wenham, Kodi Smit-McPhee e Olivia DeJonge.
Elvis está em cartaz em todos os cinemas nacionais. Assista ao trailer aqui:
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